Mês: agosto 2018

Como é que queres estar daqui a um ano?

Fiz esta pergunta no final do último vídeo que lancei no meu canal de YouTube. Fi-la de uma forma muito consciente, porque um dia me coloquei esta mesma questão: Como é que quero estar daqui a um ano?

Gostava que todos os que me lêem se fizessem esta pergunta também, porque quem não tem ambição, fica estagnado, nunca muda, se mudar for um desejo, jamais evolui. Como é que quero estar daqui a um ano? é uma pergunta muito importante.

Quero estar no mesmo emprego ou quero estar noutro? Quero estar na mesma relação ou quero estar noutra (ou sozinho)? Quero estar mais magra ou mais musculada? Quero ser menos ansiosa ou estar sempre à beira de um ataque de nervos?

Todos nós passamos por dúvidas destas todos os dias, a grande cena é o esforço que fazemos para lhes encontrar respostas válidas. Melhor: o essencial é como passamos a organizar a nossa vida, se aquilo que passamos a querer é diferente do que temos.

Eu sempre quis estar menos gorda, desde há muitos anos. Continuo a querer. Não que queira estar mais magra do que estou agora, mas antes porque entendo este trabalho como uma continuação de vida, não pelo corpo em si, mas pelo cuidado que passei a ter comigo. Vou continuar isto.

Se é perder peso que queres, sim, tu que me lês, porque este blogue também é sobre emagrecimento, coloca esta questão a ti próprio: como é que eu quero estar daqui a um ano? E depois de saberes a resposta, traça um plano e começa a cumpri-lo.

Pede ajuda. Informa-te. Estuda. Investiga. Evita os atalhos. Sê persistente. Resiliente. Faz o melhor por ti, a partir desse segundo, todos os momentos que puderes. Ama-te mais e permite-te mais. Coisas boas acontecem a quem é atento a si e às oportunidades. E a quem faz por isso.

Ser livre

Escrevo muitas vezes sobre ser livre de mim. Sobre poder viver sem estar presa a coisas, a pessoas, a situações. Fui exemplar este ano inteiro. E-XEM-PLAR. Comi sempre bem, treinei muito, fiquei na minha melhor forma física de sempre. Sempre a trabalhar bastante, a organizar o meu tempo, a correr de um lado para o outro. Podia ter decidido continuar este registo nas férias. Podia, mas não o fiz. Quer dizer, não perdi a cabeça, mas fui muito mais flexível comigo. Acho que engordei. Não sei quanto, mas hei-de saber, mais dia menos dia. Ou não, porque isso já não é mesmo o que mais me interessa! Interessa-me ter a certeza que o fim das férias, significa o fim desta vida de maior libertinagem. O regresso ao trabalho, que está para muito breve, é sinónimo de mais treino, de marmitas, de água bebida na quantidade certa, de horários. Não vou entrar de dieta, vou apenas voltar, o mais depressa possível, àquilo que é a minha alimentação de todos os dias, sem as exceções que abri durante este mês. Porque a liberdade é isto: tomar decisões, viver com as consequências, acertar novas decisões. E está tudo bem!

32


O 31.° ano da minha vida foi o ano mais importante de sempre: arrumei assuntos que estavam desarrumados há anos. Nem um, nem dois, vários. Os meus alunos aprenderam muitas coisas e foram felizes. Os meus amigos continuaram por perto. Este blogue cresceu como nunca. A minha família esteve bem. Eu cheguei à minha melhor forma física de sempre. A fasquia está muito alta, mas a minha ambição é maior que isso. Só posso agradecer tudo o que tenho, porque sou uma sortuda sem medida. Eu acredito que a vida se organiza por ciclos e sei que hoje começou um novo para mim. Sinto-o. Obrigada por todas as mensagens tão queridas. De coração. Que esta Perna Fina continue a ser esperança para todos aqueles que querem mudar, mesmo que ainda não saibam como.

Des-na-tu-ra-da

Sou uma desnaturada, eu sei. Tenho deixado este barraco ao abandono e ontem, quando a minha mãe me disse que não escrevia desde dia não sei quantos, senti-me péssima. Eu não estou morta para a vida, estou super ativa no Instagram e no YouTube (e nas férias, também!). Essa é que tem sido a questão: é que tive um ano de trabalho de bradar aos céus e precisei mesmo desta pausa. Porque escrever implica mais atenção do que publicar apenas uma foto, não é verdade?! Mas não se aflijam, que eu não estive só a descansar. Estas férias foram muito produtivas a muitos níveis, Perna Finamente falando também. As novidades não vão tardar e são melhores que boas. Assim que puder, conto tudo, tudo. Por enquanto, vou aproveitar esta última semana da melhor forma que posso e finalizar este bronze que está bem fixe.

Quantos quilos perdi?

Eu fui gorda, mas também fui muitas vezes magra. Fazia dieta atrás de dieta, perdia peso e engordava tudo outra vez (ou mais). Tenho memória de me ter posto em cima de uma balança, há mais de 6 anos e de ter mais de 80kg. 81 e picos. Desde que comecei a Perna Fina, já tive vários pesos: lembro-me de celebrar os 72, os 68, de ter ficado muito tempo parada nos 64, de ter chegado aos 61 e de me sentir incrível. O peso mínimo que tive foi de 57 quilos, por isso, de forma arredondada, digo que perdi 25 quilos.

Eu já peguei num peso de 25 quilos e é qualquer coisa de muito pesada. É impressionante! Perdi muita, muita chicha, é certo, mas mais do que isso: eu transformei o meu corpo. Neste momento, tenho a composição física de um pessoa dita atleta, o que me deixa muito, muito, feliz. Tenho um IMC de 21 kg/m2, nível 1 de gordura visceral (o valor mínimo de gordura ao redor dos órgãos) e muito mais de metade do meu peso é músculo. A minha idade metabólica é de 16 anos, o que é metade da minha idade real. Tenho 58 quilos.

Eu perdi muito peso, é verdade, mas a mudança que fiz no meu corpo já está muito além de um emagrecimento. Está numa profunda alteração de estilo de vida, de perspetiva do que é ser saudável. E feliz (comigo e com os outros).

Para pensar…

Não foi uma refeição, nem um treino, que me deu este corpo que tenho hoje. Foram muitas refeições boas, e muitos treinos bons, que me fizeram chegar aqui. Por isso, não será uma refeição, nem uma falta num treino, que me tirará esta conquista. Serão muitas refeições más, e muitas faltas aos treinos. Isto para dizer que o que nos emagrece, ou engorda, é o que fazemos como rotina. Nunca as exceções. Se nos apetece muito uma piza, devemos comê-la. Sobretudo se estivermos com amigos e família, numa festa, num jantar, em convívio. Os outros momentos, os mais solitários, os de todos os dias, talvez devam ser levados como rotina. E tudo correrá bem. Tudo.