Sempre fui muito preocupada. As coisas ainda não estavam para acontecer e eu já antevia, já antecipava, já achava que ia ser assim ou assado. Não é ansiedade. É uma ocupação prévia, uma pré-ocupação. Que às vezes me angustia. Que às vezes me chateia. Que às vezes me faz perder anos de vida. Por isso, tenho tentado ocupar-me só quando os acontecimentos chegam. Não que tenha deixado de planear o “e se”, nada disso. É antes uma tranquilidade meia ingénua de que a vida sabe o que faz. Sabe quem leva e quem traz. Sabe o que tira e o que dá. Por isso, quando a ocupação chegar, eu ocupar-me-ei dela. Antes disso, seja aquilo que for. Será o melhor que puder ser.

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