Ai, dezembro, dezembro, o que é que eu te faço? É todos os anos a mesma coisa: chegas e arrasas comigo. Porquê, dezembro, porquê? Tu apareces e tudo à minha volta fica pior ou fica mais difícil, vá. Não há sítio onde vá que não tenha bolos, chocolates, bombons, cenas a brilhar. Coisas aflitas por serem compradas e comidas por mim. Parece mesmo que és sinónimo de embaileiar. Sim, eu sei que esta palavra não existe, mas eu quero que passe a existir e por isso vou usá-la. Embaleiar-me é o teu objetivo, não é? Fazer de mim uma pequena orca?! Vale tudo. E eu cá ando, a tentar sobreviver-te como posso, num esforço quase heróico, que isto custa como tudo. Mas bom, dezembro, seu fofinho, não aches que não gosto de ti. Eu gosto, dás-me é muito trabalho. É só isso. Bem, vamos lá ver se entramos nesta luta da forma mais equilibrada possível e se eu não me esbardalho ao comprido. Ajuda-me só um bocadinho, pode ser? Obrigada.

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