Eu sempre fui exímia a arranjar desculpas para enfardar. Sempre. Tudo servia de pretexto para comer sem medida. Nas festas, como a coisa parecia consentida, era a debandada total. Assim que vi as amêndoas e os chocolates a chegar, prometi a mim mesma que não ia entrar em grandes devaneios. Prometi que comeria, mas que não perderia a cabeça, nem a linha, porque não vale a pena e porque, simplesmente, já não sinto necessidade de comer sem limites para me sentir satisfeita (e feliz). Esta Páscoa comi, literalmente, uma amêndoa, que me foi oferecida numa loja de roupa, enquanto comprava uma túnica já a pensar no verão. Comi duas fatias de tarte de maçã e menos de meio ovo da Kinder, que os meus avós me oferecem sempre (mesmo que eu esteja à porta dos 30). Foi isto. Por isso, estou muito orgulhosa de mim. Portei-me tão bem! Portei mesmo. Acho que a grande diferença está nesta coisa que trabalho nas consultas de comportamento alimentar: o tudo ou nada. Eu comia tudo ou não comia nada e era isso que me fazia engordar, emagrecer e voltar a engordar. Agora como, controladamente, quando me apetece ou quando tenho de comer e não me penalizo por isso. E treino, treino muito. Em parte, não levei mais chocolates à boca porque as dores nos braços são mais que muitas. Não, a sério: eu mudei e ainda estou a aprender a ser esta nova pessoa. Para já, o balanço é positivo.
Portei-me tão bem!
categories: Diário
Resta-me deixar os parabéns e ansiar para queasbrevemente consiga fazer o mesmo. Sou “vítima” do mesmo problema só que durante a semana não me permito a um único devaneio… chego ao fim de semana ou a dias como estes e pumba. Asneira. Aww como me faz bem ler o que escreves!
Que engraçado na minha família também há a tradição dos meus avós darem sempre ovos kinder aos netos, e já todos passamos os 25 anos.. Lol