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Sempre achei que ficar em último, num grupo de pessoas, fosse qual fosse a situação, não era para mim. O CrossFit tem-me ensinado que isso não é assim tão importante. Efetivamente, sou muitas, muitas vezes a última a acabar o treino proposto. O que eu tenho aprendido é que não posso nunca, em situação nenhuma, ficar em último lugar comigo. Desistir. Desleixar. Desinvestir. De mim. Isso é que não. Hoje fiz um treino mundialmente conhecido no CrossFit. O Murph: 1600 metros de corrida, 100 elevações, 200 flexões, 300 agachamentos e, no final, outros 1600 metros de corrida. Entrei naquilo a saber que nunca na minha vida fiz nada tão exigente fisicamente. Entrei sem saber como ia sair. Mas fiz tudo, sem saltar uma única repetição, a certa altura com imensa vontade de desatar a chorar. Gosto do CrossFit, também, por mexer comigo por dentro. Levei 1 hora e quase 15 minutos a acabar tudo. Fui a última. E o que é isso importa, no final? Nada. Porque comigo eu fiquei em primeiro. Neste momento, esta é a única competição que me importa.

4 Comments on A última

  1. Nem quero imaginar um treino assim, parece-me algo verdadeiramente impossível! Há umas semanas fiz 180 agachamentos e ia morrendo. Flexões ainda não vão mais de 10 seguidas. Corrida já vão uns quilómetros seguidos, e só comecei há umas semanas, por isso é uma evolução da qual me orgulho. E acabo de pensar para mim mesma que em dois meses quero estar ao nível de fazer um treino assim como esse. Para testar. Para doer. Está traçado o objectivo! Obrigado pela inspiração 🙂

  2. Olá. Parte dessas palavras poderiam ser minhas e por isso digo já… Obrigado. Ha poucas semanas atras fiz o meu primeiro treino de crossfit, e adivinha? Frustraçao total! Fiquei em ultimo e n consegui completar uns dos exercicios, wall climb (na altura um monstro enorme na minha cabeça). Nesse dia fiquei frustrada e desiludida comigo e a sentir-me impotente mas o tempo passou e ei-de la voltar ha aula. E tu es uma fonte de inspiraçao. Obrigado 🙂

  3. É uma das lições que também tenho tirado do exercício e custa imenso a “entrar”, mas que servirá de exemplo para um milhão de outras coisas na vida! Força, nada de desistir miúda forte!!!

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