Eu, Joana Duarte, me assumo como pessoa pouco paciente. Gosto de ver as coisas a andar, a um bom ritmo. Gosto de ver avanços, ou recuos, tem é de haver movimento. Há apenas um local em que tenho uma paciência quase inesgotável: dentro de sala, com os miúdos. Talvez por gastar toda a minha paciência com eles, me falte para outros aspetos da minha vida. Acho que, talvez também por isso, tenha demorado tanto tempo a encontrar uma solução duradoura para a perda peso. Eu queria resultados, rapidamente. Queria perder vinte e tal quilos num ai, por não comer durante uma semana ou duas. Assim, como se fosse magia. Mas entre o que eu queria e o que acontecia realmente, ia sempre uma grande distância. Por ter noção desta minha impaciência, desta minha incapacidade de saber esperar, tenho dado por mim a treinar esta competência. E isto tem muito pouco de filosófico. Tenho-me treinado a esperar em situações muito concretas do dia a dia: pensar antes de dar uma resposta torta a alguém, ouvir com atenção em vez de interromper, andar mais calmamente na rua, conduzir mais devagar, estacionar o carro com mais tempo. No fundo, ando a gerir as minhas doses de ansiedade frenética, que me carateriza, mas também me mata (aos poucos). Porque isto de saber esperar é mais importante do que parece. Poupa-nos muito. Paciência para emagrecer. Paciência para conhecer. Paciência para esperar. Paciência para estar. Paciência para ter. Paciência para ser. Muita, muita paciência.
Paciência
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Coisas boas que a idade nos traz. 🙂
pelo que vais dando a conhecer penso q sou um pouco mais velha do que tu, porém, hj foste tu quem me ensinou e me deixou a pensar 🙂 estou a falar do treino da paciência. até agora nunca tinha pensado muito na relação entre o meu “freneticismo” e a rapidez a caminhar ou a velocidade a conduzir, de facto tem tudo a ver c a falta de paciência e quando é assim há q obrigar o corpo e a mente a relaxar! vou fazer o mesmo 🙂