Quando eu era gorda e quebrava a dieta a uma quarta-feira, por exemplo, dizia: já estraguei isto tudo, recomeço segunda, e passava o resto da semana a enfardar que nem uma lontra. Era isto sempre que fugia ao plano alimentar que tinha sido estabelecido. Como se uma refeição ou um pequeno deslize comprometesse todo o trabalho. Ao dia de hoje, sempre que tenho uma refeição fora do meu plano, seja em que dia for, esforço-me para que o seguinte seja exemplar. Bebo mais água, faço todas as refeições e treino. Agora é segunda-feira sempre que se trata de voltar ao plano e aos bons hábitos de todos os dias, mesmo que o dia da semana seja outro qualquer. Esta foi uma das maiores aprendizagens que fiz: adiar o que tem de ser feito, complica tudo. Na vida em geral, na perda de peso em particular. É verdade que as segundas-feiras concentram em si o ódio de meio mundo, mas eu aprendi a gostar delas porque as vejo como um recomeço. E, para mim, a segunda-feira é como o Natal, é quando eu quiser.
Segundas-feiras
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