Tu, que usaste este prefixo mais do que devias, devias saber que o gosto que tenho à língua portuguesa me leva a pensar nas palavras (e nas situações) mais tempo do que é suposto. Tu, que me encheste a vida de desapego, de desinteresse e de desdém. Tu, que me mostraste o que é o desvalor de mim, vindo de ti, que desinvestiste, que desististe. Tu, que achaste que eu aguentaria para sempre a desafeição e o desamor. Era essa a minha obrigação, não era? Tu, que sem saber escrever bem, terminaste a história com desencanto. Tu, que hás-de ler isto, sabe-se lá o que sentirás. Espero que nada. Como eu.

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