“Tenho de limpar o palato” é uma expressão que uso quando termino a refeição. Limpar o palato significa que a refeição só está terminada se eu comer um doce. Um gelado, um bolinho, um crepe, fruta com Nutella, gomas, o que for. Nos últimos onze meses limpar o palato foi coisa rara na minha vida. (Choro com soluços.) Aos poucos, fui-me habituando a terminar a refeição e pronto. Às vezes bebo um café, outras como uma pastilha sem açúcar. Vou sobrevivendo como posso, portanto!

O mais impressionante disto tudo, é que quanto mais açúcar como, mais vontade tenho de comer. Esta sensação de vício vem dar razão àqueles estudos que dizem que o açúcar vicia tanto, e é tão prejudicial para a saúde, como o álcool ou a droga. E para ter a certeza que é mesmo assim, de vez em quando testo-me: meia dúzia de gomas no bucho e pronto. O meu sistema volta a ficar todo aos saltos e parar é sempre mais difícil.

Se estou a dizer que nunca mais como açúcar? Não! O que seria de mim? Mas aprendi que devo evitar ao máximo, porque me põe meia doida, com picos de humor, porque não acrescenta nada à minha condição física, porque, vá, em último caso, me destrói as células. Irra! Um desafio de 21 dias sem açúcar veio mesmo a calhar. Que seja o que o Deus-do-Açúcar quiser!

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