Mês: janeiro 2015

Coisas que me tiram do sério #4

Tangas. No dia em que Deus Nosso Senhor distribuiu os rabos eu estava no fim fila. Sempre nutri um profundo desgosto por não ter um rabo daqueles que mais parecem uma prateleira. Ai, o que eu gostava de ter um rabo tipo prateleira. Porém, o CrossFit tem sido muito meu amigo e, a cada dia, sinto o meu rabo a crescer, bem como a minha alegria por tal acontecimento. Assim sendo, e porque agora começo a ter um rabo que vale a pena o esforço, qual JLo (not yet), tenho evitado as inestéticas marcas das cuecas por baixo das calças (sim, às vezes eu uso cuecas-d’avó). Mas eu odeio tangas, são mesmo incómodas. Ou eu é que sou uma comichosa de primeira. Depois, também acho que são muito pouco higiénicas. Tanga sim? Tanga não? Eis a questão.

As minhas Levi’s pretas

Comprei-as há imensos anos, num outlet, ao preço da chuva. Naquela altura tinha feito uma grande dieta e as calças assentavam-me perfeitamente. Passei anos sem as vestir. Há uns meses voltei a vesti-las e foi uma alegria gigante. Usei-as imenso e senti-me uma bomba sempre que as vesti. Hoje talvez tenha sido a última vez que as usei. Já me estão demasiado largas e já não me ficam bem. Sou incapaz de as pôr no lixo ou de as dar. Sinto carinho por elas, sei lá. Vou procurar outras, iguais ou parecidas, mas mais pequenas. Para umas pernas mais finas, como as minhas.

Até sempre, McDonald’s!

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Sempre gostei muito de McDonald’s. Devo ter comido aqueles hambúrgueres milhares de vezes. Hoje em dia, não sei bem porquê, nem o cheiro consigo suportar. Acho que este meu luto com a famosa loja de hambúrgueres se deu quando saíram umas notícias sobre a qualidade da carne, que na verdade não era bem carne. Nunca mais me soube bem, por não saber bem o que estava a comer. Ou, então, o meu palato já não suporte tanto plástico, talvez seja isso. Porque antigamente ir ao McDonald’s era uma satisfação. Todo o meu corpo vibrava com as batatas fritas cheias de sal, com o hambúrguer a escorrer molho e, ainda mais, com o gelado mergulhado em caramelo quente. Já nada disso me apetece. A sério. Aquela comida, que na realidade não é bem comida, já não me diz nada. E eu acho que este indicador mostra uma profunda mudança em mim, naquilo que como e naquilo que gosto de comer. Acho que, tão depressa, esta cadeia de hambúrgueres não voltará a ganhar um tostão à minha conta. Eu bem sei que não lhes fará diferença nenhuma, mas para mim, e para o meu corpo, será uma diferença fundamental.

Queridos Pernas Finas

É com grande pesar que admito que falhei na promessa dos 15 dias sem açúcar. Mas a culpa não foi minha, não, a culpa foi do bolo de aniversário duma aluna minha. Vou contar-vos como tudo aconteceu para perceberem como fui levada a quebrar a promessa, fui quase obrigada a fazê-lo.

Às 8:30 da manhã, como todos os dias, fui buscar os meus alunos para começarmos a trabalhar. Quando reparei, uma das minhas alunas envergava uma grande caixa branca, como se de uma armadilha se tratasse. Lá dentro vinha o seu bolo de aniversário.

Eu comecei logo a pensar na promessa e a dizer para mim mesma: não vais comer, não vais comer, não vais comer. Chegou a hora de cantar os parabéns, eu abri a caixa do bolo e, aos meus olhos, apareceu um nove gigante, de chocolate brilhante, com muitas bolinhas coloridas.

Eu, qual Eva prestes a provar o fruto proibido e a ser expulsa do paraíso, toquei com a ponta do dedo na cobertura do bolo. E foi o fim do mundo em cuecas. A cobertura era tão, mas tão boa, que todas as minhas hormonas saíram do sítio.

Distribuí o bolo pelos alunos e, já com a sala vazia, olhei para um pequeno, mesmo pequeno, pedaço de bolo e, zumba, engoli-o duma vez. Ai, soube-me tão, mas tão bem. Lembrei-me imediatamente da minha promessa e pensei: já foste.

A promessa continua de pé. Já me certifiquei que não há nenhum aluno a fazer anos nos próximos dias. Haja Deus. Haja CrossFit. Haja tempo para correr. Haja sentido de humor, que um cubinho de bolo vale o que vale. Um cubinho de bolo. Ou dois, vá.

Coisas que me tiram do sério #3

Aquelas pessoas que, perante uma mega-sobremesa, dizem: não gosto muito, é demasiado doce. Argh! Nada é demasiado doce, percebem pessoas amargas?! Nada! (Esta minha irritação está aumentada porque há 3 dias que não trinco nada com açúcar. À exceção da fruta, é claro.)

Caril de Camarão

Já li e fiz muitas receitas de caril e esta é a minha última versão. Ainda não faço a minha própria mistura de especiarias, mas lá chegarei. Esta receita foi um verdadeiro sucesso.

Ingredientes (para 4 pessoas):
– 2 colheres de sopa de azeite;
– 2 dentes de alho;
– 1 cebola picada;
– 1 malagueta fresca picada e sem sementes;
– 1 pedaço de gengibre fresco picado;
– 1 colher de sopa de caril;
– 1 colher de chá de açafrão;
– 1 colher de sobremesa de cominhos;
– 1 lata de leite de côco light;
– sal q.b.
– 1 molho de coentros;
– 1/2 maçã reineta partida em cubos;
– 1 quilo de camarão cozido e descascado;

Preparação:
1.º Deitar o azeite num tacho, deixar aquecer um pouco e juntar a cebola e os alhos;
2.º Depois da cebola e o alho alourarem, colocar a malagueta e o gengibre;
3.º Deixar refogar alguns minutos e juntar o caril, o açafrão e os cominhos;
4.º Envolver bem e adicionar metade do leite de côco, uma parte dos coentros, a maçã reineta e o sal;
5.º Tapar e deixar cozinhar cerca de 15 minutos, com o lume no mínimo;
6.º Triturar o preparado com a ajuda duma varinha mágica ou de um robô de cozinha, até ficar um creme (se for necessário, acrescentar um pouco de leite de côco);
7.º Colocar o creme de novo no lume, juntar o camarão, tapar e deixar apurar durante mais ou menos 10 minutos, sempre com o lume no mínimo;
8.º Antes de servir salpicar com os restantes coentros.

Dica: O acompanhamento ideal é arroz branco, sem grandes temperos.

Deliciem-se, Pernas Finas!

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Eu passo a minha vez, ok?

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Pois, diz que o melhor do mundo está solteiro e a fila de candidatas já dá a volta ao Entroncamento. Estão todas doidas, doidas! Eu queria só dizer que passo a minha vez. Ele é um excecional jogador de futebol, milionário, poderoso e tem um corpo que-sim-senhor, mas aturar a Mãe Coragem deve ser mais trabalhoso que ganhar todos os prémios que o Ronaldo já ganhou. Eu passo a minha vez, ok? Passo mesmo.

Reza Contra a Chuva

Ficava muito agradecida se alguém partilhasse comigo uma qualquer reza contra a chuva. A filha da mãe chegou hoje e já me deixou fartinha dela até à ponta da minha meia molhada. Sim, porque eu achava que ia estar sol, como tem estado, e saí à rua com um botinzinho aberto. Priceless.

15 dias sem açúcar

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Eu vou andar a bater com a cabeça nas paredes, mas hoje prometi à minha doutora que não vou comer doces até à próxima consulta, que é daqui a 15 dias. (Só para limpar o meu corpo dos excessos de dezembro). É que o açúcar é tóxico, é viciante, destrói as células e engorda. O que hei-de eu fazer? É que eu adoro tudo o que é guloseima: bolos, sobremesas, gelados, gomas, compotas, chocolates, tudo e mais alguma coisa. Mas eu levo a sério o que a doutora me diz e, por isso, vou esforçar-me mesmo. Quero só deixar um aviso à navegação: o meu feitio vai passar de mau a insuportável. Portanto, peço que ninguém se ofenda comigo se me disser ou fizer alguma coisa que aumente a minha irritabilidade e eu a/o mande para um sítio menos bonito. 15 dias sem açúcar. 15 dias sem açúcar. 15 dias sem açúcar… Ok, vou só ali curtir a depressão desta minha vida amarga e já volto.

Sobre competição

A pessoa com quem eu mais compito é comigo e, de vez em quando, sinto que entrei numa luta sem fim. E, por ter de estar sempre comigo em mim, chego a roçar a exaustão. Porque quando compito com os outros permito-me ter algum tempo para relaxar e imaginar o que estarão a fazer para atingir ou não os seus objetivos. Quando compito comigo não há escapatória possível. Neste campeonato que é só meu, jogam a razão e a emoção. A razão não podia ser mais evidente. É a emoção que me engana, que me trai, que às vezes me supera. Nem sempre. Nem nunca. Anseio o dia da inundação interior. Inundação de amor próprio, de amor d’outro, de aceitação e agradecimento. Inundação de emoção racional. De Paz. Dar de comer à alma, empanturrá-la. Deixar o corpo leve, sereno de si. Uma carga de trabalhos para 2015.