É Natal e há gente a matar-se por lampreias de ovos e rabanadas. Há gente a arfar por peru recheado, bacalhau com todos ou cabrito assado. Eu (quase) só penso em nutella.
Quando há um ano me tornei na Perna Fina, decidi que alguns alimentos não podiam existir na minha alimentação de todos os dias. Cortei ao máximo com o açúcar, que era o meu maior pecado, e, por isso, cortei automaticamente com o meu género alimentício preferido do mundo inteiro: nutella.
Eu amo nutella e acho que são seres menores todos aqueles que não A amam também. A nutella é cremosa, intensa, doutro mundo. Eu amo comer nutella com pão, nutella com morangos, nutella com banana, nutella com crepes, nutella com panquecas, nutella com nutella… Pronto, vou acalmar-me.
Jurei a mim mesma que a nutella só voltaria a entrar a minha vida no Natal. Há um ano que estou a desejar o seu regresso, que salivo só de a imaginar a dançar na minha boca (salvo seja).
Hoje comprei um frasco dos mais pequenos. Assim que cheguei a casa saquei duma colher, tirei o papel dourado e olhei aquele pequeno pedaço de céu durante alguns segundos. Poucos. Depois, voltei a sentir aquela textura única e senti que valeu imenso a pena esperar.
Nutella, nutella, nutella. A nutella dá mesmo cabo de mim. Até dia 25 à noite, este creme de avelãs do demo permanecerá na minha vida e eu serei uma mulher profundamente feliz. Depois disso, voltaremos apenas encontrar-nos no Natal de 2015. Os meus natais ganharam toda uma nova razão de existir. Nutella.