Há três semanas que ando a trabalhar o meu auto-controlo: ver um bolo ou um folhado passarem à minha frente e não me atirar logo a eles, como se não houvesse amanhã.
Para aumentar o meu auto-controlo tenho procurado manter a calma nas mais variadas situações. Nos últimos tempos descobri (ou tive a certeza) que como mais quando me enervo. Há quem fume um cigarro, há quem beba um copo, há quem diga palavrões… Eu como! Por isso, manter a calma tem sido fundamental.
Depois, e ainda à volta com o livro de que vos falei, tenho procurado ser uma consumidora consciente. Ser uma consumidora consciente é ter a capacidade de pensar antes de comer e de colocar algumas questões a mim própria:
– Estou a comer isto porquê?
– Apetece-me?
– Tenho fome?
– Estou nervosa?
– Estou triste?
– Estou zangada?
E fazer estas perguntas a mim mesma leva pouco mais de alguns segundos.
Esta semana ofereceram-me um macarron de chocolate e um croissant do careca. Deus sabe que me pelo por ambos. Impulsiva. Sempre fui perfeitamente capaz de os engolir em segundos. Esta semana não. Agradeci as ofertas e mais tarde ofereci-as a outras pessoas, que têm mais controlo do que eu e que não estão num processo de perda de peso.
Dirão vocês: “Ai, que esta Perna Fina se virou para a espiritualidade!” Não direi tanto! Apesar disso, cada vez mais me convenço que muitas pessoas (eu incluída) têm a alma faminta e, em vez de alimentarem a alma, alimentam (em excesso) o corpo.
O auto-conhecimento de quem somos, do que queremos, do que nos faz felizes, do que nos faz tristes, do que nos dá prazer e do que nos chateia torna-se fundamental para vivermos tranquilamente e, pelo caminho, ainda nos pode ajudar a perder peso (ou a ter uma melhor relação com a comida).