Querido 2014,

Como acabas de nascer vou contar-te algo que talvez não saibas: há milhões de pessoas a contar contigo. É, a contar contigo! Por muito que tenha evitado pensar nisso, 2013 não foi um ano fácil. Para mim, foi um ano marcado por ganhos e perdas (uma delas irreparável). Foi um ano trabalhoso, com algumas conquistas, mas não menos desilusões, e esta, que te fala, é apenas uma entre milhões. Estou mesmo a contar contigo.

Agora, 2014, perguntas-me tu: como esperas que te ajude, espécie mortal?

2014, não te peço nada de extraordinário. Cada vez mais conto comigo e com as pessoas de confiança, mas não posso deixar que te apresentes sem pedir dias felizes, dias de sol, noites longas, cheias de calor (e de amor?!). Almoços com tempo, em família… Tempo, tempo, tempo para passear e para ajudar os miúdos a aprender mais e melhor. Peço-te também capacidade para comer bem e exercitar-me mais, vá.

No entanto, apesar destes humildes pedidos que te apresento, não vá o diabo tecê-las, deixo-te também aquelas resoluções que faço todos os anos:
– Ajuda-me a desviar o carro de todos os focos de perdição por que passo diariamente (saliento algumas pastelarias da zona, restaurantes, quiosques, centros comerciais, lojas de gomas…);
– Levanta-me do sofá sempre que o rabo me pesar, faz-me calçar os ténis e suar como se não houvesse amanhã;
– Obriga-me a criar listas de compras, para que compre só o que preciso e o que me faz bem (e já agora, cria uma barreira invisível, mas talvez sonora para eu me envergonhar, em todos os corredores de bolachas, bolos, gomas, chocolates e batatas fritas…);
– (Por último, mas não menos importante) Traz-me rasgos de inspiração, de humor, de “escrita da boa”, como diz a minha amiga Marta e, sobretudo, vontade de ser sempre melhor, sem desistir.

E é isto, 2014. Esforça-te um bocadinho mais do que o teu antecessor, que, aqui entre nós, me deu cabo da cabeça.

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