Eu sou uma pessoa tensa, eu sei! A este ritmo não chego a velha, mas não sei ser de outra maneira. Eu gosto de coisas (e pessoas!?) intensas, com vida, com ritmo, com ação. Eu sou assim. Sei que às vezes sou cansativa para os que estão à minha volta e tento refriar-me um pouco, mas há pouco a fazer.
Como treino muito e intensamente, estou sempre toda empenada. Não são lesões, são músculos que se contraem mais do que devem, que precisam de ser frequentemente alongados… E eu tenho pouco paciência para estar naquelas poses, tempos intermináveis a esticar-me toda, apesar de entender a necessidade.
A minha osteopata está sempre a dizer que tenho de me alongar mais, que o meu ritmo de treino assim o exige e que o Pilates me havia de fazer bem. Eu, que não sou de dizer que não a cenas que podem ser boas para mim, lá fui. Para começar, as pessoas já se conheciam todas, não é? Noutros tempos, não conhecer ninguém ia abanar-me, hoje foi só chato.
Bom, vi que estava toda a gente de chinelos, logo a aula devia ser de pé ao léu, e eu de ténis. Pensei: merda, terei os pés em condições?! Tinha. Depois a cena de ir buscar o tapete, pôr a toalha, tudo ordenado, menos eu. Nada novo também. A instrutora, uma simpatia, perguntou quem estava ali pela primeira vez. Lá tive de levantar o braço, não é?
E aquilo começou. Espreguiça dali, espreguiça daqui, a um ritmo que até a minha avó Perna Fina acompanharia. Alonga a lombar, alonga os ombros, alonga o pescoço, alonga tudo, raios me partam. Às tantas, ela fala em peso morto e eu pensei: ah, boa, aqui vou dar cartas. Esqueçam: era um deadlift para budistas! Que seca de gente e de aula!
Lá para o meio, deitada de costas a fazer não sei o quê, caguei naquilo tudo e baixei as pernas. A professora, amorosa, veio perguntar-me se me estava a sentir bem. Eu quis responder: eu estava melhor a fazer burpees, agora imagine o quão entediada estou! Mas só disse que sim e agradeci a preocupação.
Assim que aquilo acabou dei o pisga, não fosse preciso um abracinho amigável e coletivo, com toda a gente descalça, e eu que odeio pés, não ia aguentar tanta proximidade. O que há para reter nisto? Eu tentei. Eu tentei, mas a vida zen não é para mim. Eu sou uma besta, estão a ver? De atirar com pesos e dar socos. É isso.
Olá Joana,
pratico pilates, duas vezes por semana e não leves a mal mas talvez tenhas tido azar 😉
Deixo aqui o link: http://www.pilatesportugal.pt/, do sitio( eu faço no parque das nações), onde pratico para caso queiras ter uma experiência diferente, peças uma aula experimental. Penso que talvez mudes de ideia 😉
Beijinhos
Obrigada, Orlanda!
Talvez tenha sido uma má experiência, sim! 🙂
Bjinho,
Joana.
Afinal o Pilates não é assim tão mau certo?
Certíssimo! 🙂