Saí de casa dos meus pais aos 25 anos, para ir viver com o meu namorado da altura. Aquela pareceu-me uma decisão acertada e fui em frente com ela. A nossa vida não foi muito fácil. Talvez não fossemos um casal suficientemente forte para vivermos juntos. Eu não era forte. Cedia muito, deixava que ele tomasse a maioria das decisões. Até na decoração da casa… Houve coisas que nunca tive como queria, porque não era possível. Também não tinha tanto poder económico como tenho. Trabalhava noutro sítio, que me pagava uma miséria, o que não facilitava as coisas. Aos 28 anos, decidi vir-me embora. Deixei para trás a casa e o (des)amor que vivia todos os dias. Não quis mais aquilo. Não querendo atribuir a culpa ao Tipo, porque é dar-lhe demasiado destaque, foi nesses anos que tive as maiores crises de compulsão da minha vida. Procurava na comida uma forma de preencher o vazio que havia em mim. Como se vivesse numa bolha de apatia, de alguma submissão e muita tristeza. Voltei para casa dos meus pais, porque não tinha outra forma de sobreviver (financeiramente e não só) e lá estive até sentir que estava completamente reconstruída. Até hoje, o dia em que finalmente tenho uma casa minha. Estes quatro anos foram mesmo muito importantes, porque a minha vida mudou radicalmente: perdi 25 quilos, tornei-me uma atleta, parei as crises de compulsão, tive novos (des)amores, consegui novas e fortes amizades, ganhei e poupei dinheiro e fiz este blogue crescer como nunca (coisa que o Tipo sempre disse que não seria capaz de fazer sem a sua ajuda). Por isso, agora estou pronta para ir ainda mais além, até onde a minha força e esperança me permitirem. E ainda bem que não há um medidor para isto, porque nenhum seria capaz de medir estas minhas duas energias incontroláveis.

4 Comments on Casa Nova, Vida (Ainda Mais) Nova

  1. A Joana é um exemplo, obrigada por partilhar!
    Acredite que quem a segue, mesmo sem a conhecer, consegue ficar orgulhoso das suas conquistas!
    Continue em frente com o blog e com tudo o resto! 🙂

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