Eu sinto-me lindamente. Neste momento, estou muito contente com tudo o que habita em mim. Ok, a celulite continua a ser um tema a massajar, mas, tirando isso, está tudo muito bem encaminhado. Apesar de me estar cagando para o que os outros acham da minha forma física, às vezes, os comentários menos queridos ainda me doem.
Diziam-me no outro dia, assim com um ar meio depreciativo: tu estás bem, mas acho que, ainda assim, devias fazer mais qualquer coisa de diferente. Sei lá! Acho que ainda não estás no melhor que podes. Aquela merda ficou a bater-me na cabeça como uma torneira a pingar. Será que podia estar mais magra? Mais musculada? Mais definida? Será que não? Será que disto não passo? Cheguei ao meu limite de melhoramento?
O meu treinador tem muuuuuuuita paciência para mim. Para as minhas queixas e para os meus desabafos e eu perguntei-lhe isto: cheguei ao meu limite? Ele levou-me a uma análise mais profunda da cena. Desde que comecei a mudar, nem sempre fui consistente. Porém, desde abril que fiz umas alterações mais sérias na minha alimentação e passei a treinar, religiosamente, seis vezes por semana (4 vezes Crossfit, 1 vez Muay Thai/Boxe e 1 vez corrida).
Efetivamente, desde abril que este corpinho levou um abanão. Eu não estou necessariamente mais magra. Já disse que deitei a balança fora, não já? Eu estou diferente. O meu corpo mudou a forma. Eu, que nem nunca tive rabo, agora tenho! Portanto, esta análise levou-me à resposta da minha pergunta. Acho que ainda não cheguei ao meu limite, porque, na verdade, nem sei se esse limite existe.
Para além disso, reforcei a ideia de que se estou, diariamente, a fazer tudo o que está ao meu alcance, não há dedo nenhum a apontar. Se houver, olha: é fazer mais uma dúzia de burpees, dar mais uns rounds de socos e provar, apenas e só a mim mesma, que eu posso chegar onde eu quiser e não só, mas também, por saber que é isso que assusta quem tenta desmotivar-me.
Não sou o género de pessoa de comentar mas hoje não resisto…
Nunca li um blog tão genuíno como este,vejo a tua humildade e força de vontade em cada palavra que escreves.
Obrigada por me fazeres acreditar que com coragem,forca e determinação tudo é possível.
Hoje escreveste aquilo que ando a questionar a mim mesma “qual é o limite?”… e com este texto foi impossível ficar indiferentemente (mais uma vez)!
Já me sinto diferente ja gosto mais de mim,obrigada pelo impulso.
E não pares de escrever,please!!!
Beijinhos