Durante muitos anos vivi em sacrifício. Passei muita fome com dietas. Houve uma vez que desmaiei de fraqueza, no duche. Um dia pensei: a minha vida vai ser isto. Eu vou ter de fazer dieta para sempre. Aquela ideia deixou-me tão infeliz, tão infeliz, que achei que nada daquilo valia a pena. Tanto sacrifício, tanta fome, tanta tristeza. Hoje eu não vivo em sacrifício, ou seja, eu não vejo esta minha nova vida como uma imposição, como algo que eu tenho de fazer só porque sim. Eu gosto verdadeiramente das mudanças que trouxe para os meus dias. Eu gosto de comer bem, sinto prazer nisso. Eu gosto de treinar e de me sentir leve e forte. Eu gosto de cuidar do meu corpo e da minha cabeça. É um prazer sem limites. Acredito, com todas as minhas forças, que por ter deixado de ser um sacrifício é que tem resultado tão bem. Eu não quero ter outra vida. Adoro esta. E enquanto tiver voz, contarei a minha história a toda gente, dizendo: podes ser tudo o que quiseres na vida, faz por isso. Não te sacrifiques, mas empenha-te das entranhas!
[Acho que nunca tive uma fotografia com um ar tão feliz. Talvez em criança. Há quem diga que a minha alegria contagia. Espero que sim. Gostava muito que sim.]
Contagia sim! Obrigada.