Vamos falar de mamas? Das minhas mamas? Vamos lá. No 5.º ano eu e as minhas amigas fomos para a casa de banho ver os carocinhos umas das outras. Naquela altura os meus eram os mais pequenos, mas depois puff: de um ano para o outro cresceram-me uns autênticos melões.
Apresentação do primeiro dia do 8.° ano e eu de blusa justa, sem me ter apercebido que tinha uns enormes seios. Os rapazes da minha turma fizeram-me perceber depressa que o meu corpo tinha mudado e mostraram-se visivelmente agradados com tal facto. Já eu, senti vergonha do meu corpo pela primeira vez. Fogo, quem me dera ter umas mamas como as tuas, diziam-me outras miúdas.
Não sabiam o que diziam. O meu peito cresceu muito e muito depressa. Era muito pesado e partiu, como um peito de uma senhora idosa. Só que eu tinha 14 anos, não 140! Este foi o meu maior complexo de sempre. Era difícil comprar sutiãs minimamente jovens, que me amparassem bem o peito. Biquínis, então, era praticamente impossível. De qualquer pedaço de tecido saía mama.
À medida que os anos, e os verões, iam passando eu odiava mais as minhas mamas e, um dia, prometi a mim mesma que o meu primeiro ano de ordenados serviria para fazer uma redução mamária. Assim foi: no final do meu primeiro ano de trabalho como professora, aos 23 anos, fiz a operação.
O dia 1 de julho foi um dos dias mais felizes da minha vida. Eu chorei de emoção quando me vi ao espelho pela primeira vez. As mamas estavam negras e inchadas, mas eu emocionei-me à mesma. Tinha mais comprimento de barriga, tinha outra postura. A partir daí, foi todo um novo mundo.
Pude começar a usar blusas sem alças, transparências, vestidos de alças finas, biquínis. Todos os anos faço exames para perceber se está tudo bem com as minhas meninas. Foi uma operação muito séria, que exigiu uma série de procedimentos muito sérios também. As cicatrizes mal se vêem e quem não me conheceu antes não diz que já tive umas maminhas até ao umbigo.
Costumo dizer que estes milhares de euros, foram das quantias mais bem gastas da minha vida. Nunca, nunca me arrependi desta decisão que tomei. Já estive muito gorda, muito magra, média e elas cá continuam, lindas e direitas como só elas. Quem me operou garantiu: nem que amamente 50 crianças, isto não sai mais daqui. São casos como o meu que dão força e importância à cirurgia plástica consciente e bem feita.
Oh Joana sofro do mesmo mal, mas ao contrário de ti até hoje ainda n fiz a cirurgia com medo de não conseguir amamentar, tenho o peito partido e com estrias desde os 13, não sei o que é ter o peito de uma jovem 🙁 acho que fizeste bem e não há dinheiro nenhum que compense o nosso bem estar, quando puder farei o mesmo e vou precisar do teu conselho ? Obrigado por todos os exemplos que me tens dado 🙂
Ora aí está! É preciso é fazermos o que for preciso para nos sentirmos bem connosco próprias! 😉 Beijinho!