Mês: janeiro 2017

#relaxa

O dia tinha tudo para ser um dia péssimo:
– ir pôr o carro à oficina;
– conduzir para trás e para a frente;
– ter todo o trabalho habitual para fazer;
– mandar e responder a e-mails;
– ir buscar o carro à oficina;
– arranjar forças para treinar;
– entre outros.

Tudo nisto numa semana incrível de mau humor e péssimo feitio, porque nós, mulheres, temos semanas assim. If you know what I mean!

O dia tinha tudo para ser um dia péssimo. Tudo. Mas foi ótimo. Foi para lá de bom, mesmo. Fiz tudo o que tinha para fazer e até um pouco mais.

A calma com que fiz as coisas é que foi para mim surpreendente, mesmo que nalguns minutos tenha roçado a crise de nervos.

O dia tinha tudo para ser um dia péssimo. Mas eu saí de casa a dizer: relaxa, tudo se faz. E fez mesmo. E mais houvesse para fazer. Foi um dia do caraças.

Ryan, Ryan!

Ryan, meu amor, desde ontem que não páro de pensar em ti. Quem me mandou ir ver o teu novo filme, quem foi? La La Land, que filme do caraças, deixa-me que te diga. E tu vais, que é uma categoria. Mesmo, mesmo. Eu sou doida por ti desde que te vi a fazer de Noah, no Diário da Nossa Paixão. Aquele teu ar de abandonando, de barba e cabelo enormes, ai Jesus, deram cabo de mim. Ontem estavas um pouco diferente. Estavas assim mais crescido, sei lá, apesar do tal ar ser parecido. Eu e esta minha mania de gostar dos desgraçadinhos, que precisam de ser salvos por uma miúda mesmo à seria, como eu!? Eu e esta minha mania…! Voltando a ti: que papelão incrível o teu, cantas, danças, tocas, arrebatas o meu coração e fazes-me acreditar, ou reforçar a ideia, de que a vida é o que é e está exatamente onde tem de estar. Ryan, meu querido, não sei se conheces Lisboa, mas deixa-me que te diga que é uma cidade encantadora. Está nos topos das listas de cidades a visitar em todo o mundo. Há o rio, há os pastéis de Belém e existo eu, pronta para curar todas as mágoas e negas que tens acumulado, em todos os filmes de (des)amor que tens feito. Vem, Ryan, vais ver que não te arrependes. Para já, eu vou ouvir em modo repeat a banda sonora apaixonante deste incrível filme que é o La La Land. E pensar em ti com carinho, ao piano, como alguém que realiza sonhos, deixando outros pelo caminho. Porque é assim com toda a gente, não é Ryan? É. Um enorme beijinho, desta tua La La Fã, Joana.

Odeio ir ao médico!

Eu odeio ir ao médico. Odeio. Só vou mesmo na última. Porém, há médicos que tenho de visitar de vez em quando. Os otorrinos tornaram-se meus amigos há uns anos, quando perdi a voz. Drama do caraças, nódulos e derrames nas cordas vocais, o que dá imenso jeito a quem usa a voz para trabalhar. Tenho de me calar? Como assim? Tenho de me calar? Aquele diagnóstico deu cabo de mim. Fui à terapia da fala, como me mandaram, mas a terapeuta dava-me frases com erros ortográficos para ler em diferentes tons e eu vim-me embora. Isto foi há uns 5 anos. Este setembro, assim que começaram as aulas, comecei a ficar muito rouca. Perdi a voz várias vezes. Estes meus novos alunos só me conhecem como sendo uma espécie de Olavo Bilac da educação, enfim. Estou, portanto, a adiar a ida a um otorrino há meses. Uma querida mãe de um ex-querido aluno, preocupada comigo, encontrou-me um médico perto do trabalho e até me enviou o número de telefone, foi só marcar. Hoje lá fui. Fui, mas mais valia não ter ido. Assim que olhou para mim disse que tinha o nariz torto. “Também é um gosto conhecê-lo, doutor”, pensei eu. Depois abri a boca e pimba: uma laringite crónica. Crónica, tipo, para sempre? Acabei de tomar duas embalagens de antibiótico, mas vou ter de tomar mais. Pronto, isso e fazer uma tomografia axial computorizada, vulga TAC, para ver o interior do meu nariz torto. Deus me livre! E comida? Esquecer tudo o que é café, chocolate, mentol, tomate, citrinos… Deve ser!? E não comer à noite, e elevar a cabeceira da cama, olha que jeitão que isso dá. É por isto tudo que odeio ir aos médicos, porque sempre que lá vou me arranjam uma maleita qualquer ou descobrem qualquer coisa torta ou fora do lugar. Isto depois dos 25 foi sempre a piorar, foi o que foi. Mas bom, deixei-me lá ir elevar a porcaria da cabeceira da cama. Dormir nas alturas deve ser mesmo o melhor disto tudo. Ou não! Bah!

Sentimento

Miúdo de 10 anos – A Joana está triste?
Eu – Não, estou só a pensar.
Miúdo de 10 anos – Em quem?
Eu – Em ninguém. Acho que estou cansada e ainda me custa um bocado a respirar.
Miúdo de 10 anos – Hum… Não me parece. Só quero que a Joana saiba que se tem algum sentimento no peito pode falar comigo.
Eu – Ah, obrigada! Mas não, não é nada de especial.
Miúdo de 10 anos – Eu acho que é. Cá para mim tem esse coração aos pulos.

Está tudo bem.

Quando é que eu fico verdadeiramente preocupada comigo? Quando perco o apetite. Quando não me apetecem cenas, é mesmo sério. Nos últimos dias não me apeteceu nada. A doença bateu forte cá dentro e vontade de comer nem vê-la. As drogas que o médico me deu já estão a fazer efeito e a prova disso é que hoje passei o dia a pensar em brigadeiros. Comi um gelado. Não é parecido, mas matou-me o desejo de um doce. O que está aqui em causa é que voltei à Joana de sempre. Ou melhor, voltei à Joana de há uns anos para cá. Porque a de sempre enfim, teria comido este mundo e o outro. Está tudo bem, então. Ufa, desta já me safei.

Ai, que vou desta para melhor!

Ando constipada há quinze dias. Normalmente, este tipo de coisa costuma passar-me com uns Brufens e afins, mas, desta vez, não passou com nada. Pois que, farta de estar entupida, com dores de cabeça e com um nariz em chaga, que mais parecia um rabo de bebé assado, decidi ir ao médico. O médico, quando percebeu que andava assim há meio mês, passou-me um sermão histórico e avisou-me: minha menina, mais dois ou três dias sem tratar disto e era vê-la deitadinha num qualquer quarto deste hospital a levar medicamento diretamente na veia. E eu pensei: ai, caraças, que vou desta para melhor! Mas não. Trouxe uma carradona de medicamentos para casa, com a esperança de ficar bem nos próximos dias. Fui a tempo, portanto. Até porque, não me dava jeito nenhum ficar internada, muito menos ficar perto de falecer. Ainda tenho muito like para conquistar, muito texto para escrever, muito sítio para conhecer, muita pessoa para (des)amar… Pois, não me dava mesmo jeito nenhum. Moral da história: eu odeio ir ao médico, mas talvez não deva ser tão irresponsável. Isso ou vou ter de assumir que bater a bota é uma hipótese. E não é. Não para já.

Manteiga de amendoim e flatulência

Há assuntos estruturantes que devem sem falados com maior regularidade. A flatulência é uma deles. Confesso que às vezes me custa a acreditar que a Nicole Kidman tem gases e dá puns. Ou a Kate Middleton. Ou a Angelina Jolie. Mas bom, são pessoas humanas, como diria o outro, portanto não estão imunes a esta mal fadada falha corporal. Isto para dizer que toda a gente dá puns. É universal e, por isso, é urgente que se fale disto. Pronto: eu tenho muitos gases e uma grande necessidade de os expelir. Ultimamente tenho reparado que a manteiga de amendoim, que eu tanto adoro, me aumenta esta necessidade. Pois que me tenho sentido incomodada com isto. Até porque estou sempre rodeada de gente [pequena] e com uma enorme impossibilidade de resolver o problema como a maioria dos mortais. E a indecisão é esta: continuar a comer a manteiga de amendoim, esse meu grande amor, e andar os dias a conter-me ou viver sem esta aflição na minha vida. Esta dualidade tem sido muito difícil de resolver. A pergunta impõe-se: alguém sofre do mesmo mal? Mais: agora os amendoins são inimigos? O que é que eu faço à minha vida perante este cenário cheio de gás?

Toma atenção!

Se a pessoa com quem tens uma relação te diz que não deves usar as unhas arranjadas de uma determinada forma, que o batom encarnado não te fica bem ou que as roupas que tanto gostas não te favorecem, toma atenção. Se a pessoa com quem tens uma relação te pede para controlar as gargalhadas, para falares menos e mais baixo e te incentiva a ver as pessoas que gostas menos vezes, toma atenção. Se a pessoa com quem tens uma relação oprime a tua opinião, em detrimento da sua, desvaloriza a tua profissão ou o teu trabalho e sugere controlar o dinheiro que ganhas e que gastas, toma atenção. A pessoa com quem tens uma relação, muito provavelmente, não tem estas e outras atitudes porque se preocupa contigo. A sua única intenção é controlar-te, é ter-te na mão. É ser dono ou dona, senhor ou senhora da tua vida, para que da sua te sintas incapaz de sair, mesmo que assim o desejes. Por isso, toma atenção. Controlo não é preocupação. Não é amor. Não é carinho. Controlo é opressão e violência. Toma atenção e pede ajuda a alguém em quem confies.

Obrigada!

Hoje é o Dia Internacional do Obrigado (as meninas dizem obrigada, ok?) e eu, que tenho tanto para agradecer, não podia deixar passar este dia sem escrever um textinho sobre agradecimentos sinceros. Não, não vou dizer obrigada a ninguém em especial. Não me levem a mal, nem me achem injusta, mas hoje, confesso, disse obrigada a mim mesma. Obrigada por ter este mau feitio, que me ajuda a viver a vida que quero. Obrigada a esta força de vontade, que me faz continuar a querer ser melhor, a muitos níveis. Obrigada ao meu espírito de sacrifício, que me motiva a trabalhar todos os dias da semana, muitas horas, porque sei perfeitamente que a vida não é mel e que as coisas não caem do céu. Obrigada por ter tomado decisões muito, muito importantes, que me trouxeram até ao dia de hoje, em que me sinto muito feliz com a vida que tenho, com as pessoas que fazem parte dela, porque assim o querem e porque eu quero também. Muito satisfeita com o meu trabalho (tenho 22 novos miúdos encantadores e só me apetece mordê-los!), com este blogue, com o CrossFit. Muito, muito agradecida, de morte, por, depois de tanto tempo, me deitar todas as noites e pensar: agora está tudo bem. Por tudo isto, bolas, eu digo um profundo obrigada.

Comer para emagrecer

Já falei ao de leve nalguns textos sobre este tema, mas nunca me dediquei a escrever sobre ele afincadamente. Pois é, cambada, desenganem-se os que acham que para emagrecer precisam de passar fome. Eu achei isso durante toda a minha vida e o resultado foi tudo menos bem sucedido. Apesar de cada vez mais se falar na importância de se ter uma alimentação variada, equilibrada e sem demasiadas restrições, este continua a ser um conceito demasiado estranho para quem quer emagrecer, de forma permanente. A restrição e o jejum persistem em ser o objetivo da maioria das pessoas que pretendem perder peso. A ciência explica-nos isto. Ora atentem: Sabe-se que comer com pouca frequência ou mesmo fazer jejum reduz a produção de insulina e leptina (hormonas que informam o cérebro de que estamos saciados), aumentando a produção de grelina, que se traduz em sensação de fome! De facto, grandes picos de grelina diminuem o gasto de gordura, ativando os centros de recompensa cerebrais. Resultado: comemos mais quantidade de alimentos e de menor qualidade nutricional. A fome é inimiga do controlo do comportamento alimentar, fazendo-nos desejar alimentos mais calóricos, comê-los mais rapidamente, mastigando mal e quando nos apercebemos já ingerimos mais do que precisaríamos na realidade. Não obstante, saltar refeições (passar mais de 4 horas sem comer) aumenta a produção de hormonas do stress, como o cortisol, que por sua vez aumenta o desejo por gordura e açúcar (1). Tudo ao lado, portanto. O pior de tudo, é que se entra num ciclo vicioso de fome, emagrecimento, fome, ingestão de muita comida, aumento de peso, frustração, ingestão de muita comida… Sair disto torna-se muito mais difícil do que a perda de peso por si só. Acreditem, eu sei do que falo. Por isso, comam! Esqueçam as bolachas, as barrinhas de cereais, os produtos light e comam comida a sério, de boa qualidade. Procurem alternativas, novos sabores, percebam o que faz melhor e pior ao vosso corpo e, muito importante, se acharem que não conseguem fazer isto sozinhos, procurem ajuda médica. Só um especialista vos ajudará a tomar as melhores decisões. Mesmo. Mas comam, por favor comam.