Mês: novembro 2016

Chiça!

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Há algum tempo que não ficava tão exausta depois de um treino, como fiquei hoje. Não sei se já vos aconteceu, mas quando fico muito cansada, depois de um enorme esforço físico, a boca fica a saber-me a sangue. Como se alguém me tivesse socado com muita força e estivesse, literalmente, com a boca cheia de sangue. Enfim, hoje o treino meteu burpees. Burpees a uma segunda-feira? A sério, coach? Independentemente de todas as minhas queixas, há uma coisa que se mantém ao longo destes dois anos de Crossfit: a sensação de dever cumprido no final de cada treino. Com mais ou menos vontade, com mais ou menos força, com mais ou menos ânimo. No final, a sensação é sempre a mesma: chiça, sinto amor por isto, na mesma proporção que sinto ódio. ‘Tá feito. Amanhã há mais.

[Eu sou muito exagerada nas descrições. Não se deixem intimidar pelo que lêem, sejam fortes, venham treinar dia 4, à CrossFit Restelo, e ajudem a Operação Nariz Vermelho. Para se habilitarem a uma das 20 vagas do treino, cliquem aqui.]

Pensavam que iam só comprar roupa e enfardar, não?

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Pois bem, meus Pernas Finas queridos, falta apenas uma semana para o Box Market. UMA SEMANA! Estou super entusiasmada e a tratar de todos os pormenores com muito carinho, verdade que sim. Haverá a minha roupa, sapatos, acessórios, comida, bebida, a roupa da Pura e, surpresa das surpresas, haverá também UM MEGA TREINO no final, por volta das 17:00.

O meu querido coach, que é o melhor coach do mundo, ofereceu-se para vos fazer sofrer tanto quanto me faz sofrer, todos os dias das nossas vidas. É verdade! Um treino de CrossFit, mesmo à séria, na minha box, um sítio que me é tão querido e tão suado.

O treino tem como objetivo dar-vos a conhecer o CrossFit, mas também ajudar a Operação Nariz Vermelho (ONV). O treino terá um custo mínimo de 3 euros, valor que reverterá a 100% para a ONV. Quem quiser ter mãos largas, pode dar mais. As crianças agradecem!

Lamentavelmente, a box não alberga meia centena de pessoas, por isso, o treino estará limitado a 20 sortudos (e corajosos). O que é que têm de fazer para se apagarem dia 4? Muito simples:
1.º Fazer gosto na página do CrossFit Restelo;
2.º Preencher este formulário.

Os nomes dos primeiros 20 participantes serão anunciados no blogue na próxima quinta-feira, dia 1 de dezembro.

Vá, apressem-se e comecem já a preparar o equipamento e a alma, porque parte dela vai ficar no chão daquela box. [Não digam que não avisei. Ok, estou a brincar.]

Que eu nunca…

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Que eu nunca deixe de ter fé, mesmo nos momentos maus. Que eu nunca me prive de ter gente boa por perto, sobretudo nos dias em que outros são maus. Que eu nunca perca a força para me levantar, depois de mais uma queda. Que eu nunca perca o sorriso, faça chuva ou faça sol. Que eu nunca me distraia de mim, por nada, por ninguém.

Eras linda na mesma!

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Quando publico fotografias minhas do passado, recebo quase sempre comentários fofinhos que me fazem ler: Eras linda na mesma! A minha mãe é perita neste tipo de comentários. Eu percebo, mas, para mim, não está em causa se estava bonita ou feia. Juro que não! Só eu sei como me sentia na altura, por dentro. Quanto olho para imagens como esta, vejo os braços gordos, mas vejo, ou sinto, parte daquilo que estava: triste, sozinha, mal amada, com pouca fé na vida em geral. Pode parecer cliché, mas é verdade. Por isso, linda ou feia… É sempre muito relativo. Depende sempre das lágrimas ou da luz que existem nos olhos de quem (se) vê.

Sobre adiar

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Sou uma pessoa que tende a adiar. A adiar decisões. Conversas. Confrontos. Telefonemas. Desejos. Só me apercebi disso há pouco tempo. Foi nesse momento, quando tomei consciência que sou alguém que adia com demasiada regularidade, que percebi uma série de coisas sobre a minha própria vida. Não sei ao certo porque faço isto. Acho que, por um lado, há em mim a vontade de evitar conflitos ou situações desagradáveis, sempre que os meus adiamentos envolvem outras pessoas. Por outro lado, quando são adiamentos que só a mim dizem respeito, julgo tratar-se de alguma preguiça, que me faz não agir por alguma razão. Sou mesmo uma pessoa que adia e isso tem de acabar. Seja por conforto, por confronto, por desleixo, por medo, pelo que for. A vida não espera tantos adiamentos. Ela continua a andar, sem parar, mesmo que eu permaneça neste mal que é só meu.

A rosa

Hoje tive uma formação sobre escrita. A formadora deu as seguintes palavras: problema, desmembrar, refúgio, solução, tratado, martelar, espinho e rosa. O texto tinha de ter 77 palavras. Eu escrevi isto e achei que era um texto de Perna Fina (como quase todos os que escrevo).

Dás por ti às voltas contigo. Percebes que tens um problema, como se te sentisses desmembrada no teu refúgio. Passas os dias a tentar entender qual a solução, de que forma podes deixar esse teu assunto tratado. Como se a vontade de arrumar a casa não parasse de te martelar a cabeça. Sem parar. Até que chega a hora em que percebes que o espinho que incomodava tanto deixou de existir. Passas a ser tu: a rosa.

Acho que é desta!

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Sempre tive a ânsia de ter um número de peso baixo. Sonhava pesar 50 quilos ou pouco mais. O ano passado, por esta altura, tinha 57 quilos. Fiz um mês de contenção e passei uma fome de morte. Hoje devo ter uns 60. Há meses que ando a ter esta conversa com a Dr.ª Catarina. A doutora diz-me sempre que eu tenho de parar com esta obsessão do número do peso, que tenho de pensar, acima de tudo, no comportamento alimentar do dia a dia. Procurar o equilíbrio que custa tanto a encontrar: como tudo ou não como nada?

Desde o início do ano letivo que a minha vida anda uma loucura. Não sei porquê, mas acho que nunca tive tanto para fazer. O tempo de trabalho com os miúdos, da preparação dos materiais, de reuniões, formações, explicações. Os treinos e os afazeres pessoais, o blogue, as ideias que quero concretizar. É muita coisa. Não pretendo queixar-me desta vida, porque faço exatamente o que escolhi e sou muito feliz por isso, mas dou por mim a deixar cair algumas coisas.

Não vou às consultas há algumas semanas, por isso, há algum tempo que não sei quanto peso. A única coisa que sei é que as calças mais apertadas que tenho, que uso como bitola, me estão bem. À partida, está tudo controlado. O mais curioso, é que hoje ia a conduzir para o trabalho, numas calças de ganga justas, e pensei: chiça, sinto-me mesmo bem. Confortável. Nada me aperta! De que me adiantou passar anos a fio preocupada com um número? (Sim, eu pesava-me todos os dias.)

Cheguei à conclusão de que mais importante que o número do meu peso, é eu disponibilizar-me a observar o meu corpo, percebendo-o. Estou inchada? Estou mais pesada? Estou bem? Sinto-me leve? Tenho força? Gosto disto assim? O que é que posso melhorar? E, a partir destas respostas, tomar decisões. Para mim, esta é a maior mudança de todas. Mais do que treinar as pernas, a barriga ou o rabo, eu tenho treinado a forma como me vejo.

As fotos que tenho tirado ajudam a reforçar esta autoconfiança. A fotografia deste fim de semana, por exemplo, dá-me a certeza disso: ali estou eu, de macacão curto, a sentir-me uma brasa, perdoem-me a modéstia, sem fazer puto de ideia quantos gramas tenho a mais ou a menos. Será que é desta que me borrifo no peso de vez? Acho que é.

Vou ter de pedir a Dr.ª Catarina que guarde esse número para si, da próxima vez que me pesar. Porque com mais ou menos gramas (sempre dentro dos padrões desejáveis), eu quero mesmo é sentir-me bem e em paz comigo. Juro por tudo que sim. Percebo, agora, que andei demasiado tempo a concentrar-me em atingir objetivos diferentes dos que tenho hoje. Nem piores, nem melhores: diferentes. É, eu hoje sou uma Joana diferente. Nem pior, nem melhor: diferente. E estou a gostar disto assim.

Tu queres ver que sou uma Belieber?!

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Quando o puto cantava Baby, Baby, Baby, eu não lhe achava grande piada. Depois cuspiu em não sei quem, foi detido e pronto, foi isso. Passou-me tudo um pouco ao lado. Porém, este último álbum do Bieber tem músicas que me fazem querer mexer e que até me dão algum ânimo: Sorry, Love Yourself, What Do You Mean, Company. As músicas têm um efeito qualquer em mim, que não sei bem explicar. Será o princípio duma coisa muito má? Tanto, que dei por mim a querer ir vê-lo à Meo Arena. Só que não vai dar, não é? Os bilhetes estão esgotados há mais de 37 meses, que as Beliebers não deixam esses compromissos importantes em mãos alheias. Vai ficar tudo como está, então. O que é lamentável, porque, confesso, já me imaginava a abanar este corpinho enquanto gritava So-rry, em uníssono. Portanto, se alguém souber de alguém que queira vender um bilhete ao preço da chuva, que tenha uma caganeira na véspera do concerto ou outra maleita qualquer, assim daquelas que não mata, mas machuca, diga-me. Estou disposta a comprar o bilhete pela porta do cavalo e a ir p’ró meio da multidão por minha conta e risco. Sou capaz de levar com uma revista Bravo na tromba e ainda engolir o brinde que lá vier, mas eu aguento, que eu sou forte comó raio.  ‘bora, Justin, Let Me Love You, Let Me Love You! Ok, agora estava mesmo a exceder-me. Ele estava bem era ao pé dos meus miúdos de 1.º ano, a desenvolver algumas competências de moralidade. ‘tadito!

Box Market

BoxMarket fb · Perna Fina .16

Vou fazer um mercado! É, vou mesmo! Os mercados têm imensa saída, daí eu ter pensado: porque não? Tenho pensado em tudo com muito carinho e cuidado, porque, a bem da verdade, mais do que as vendas, o que eu pretendo é proporcionar a quem me lê a possibilidade de passar um bom momento. Que é o melhor que se leva desta vida. Vamos ao que interessa, então:

– O que estará à venda no Box Market? A ideia de fazer este mercado surgiu-me há uns tempos, quando percebi que não tenho mais espaço para a minha roupa. O meu roupeiro e as minhas gavetas estão a rebentar! Por isso, decidi vender grande parte dos meus trapinhos. São peças em ótimo estado, algumas praticamente por estrear, coisinhas que valem a pena, portanto. Quando digo roupa, digo também calçado e acessórios. Os preços não serão superiores a 25€! Mas não só da minha roupa se fará este mercado. A Pura também estará presente, a vender as suas peças ultra-mega-personalizáveis. Os comes e bebes também não faltarão! Não venham é à espera de fritos e cenas do mal. Serão todas receitas de Perna Fina.

– Onde será o Box Market? Depois de muito pensar, decidi que a box onde treino é o sítio ideal. Daí o nome: Box Market! Porque me estão sempre a perguntar onde treino, o que é uma box… Assim têm a possibilidade de ver com os próprios olhos do que se trata. Não é um espaço gigante, vamos ter de gerir bem os entusiasmos. Podem ver a morada no flyer fofinho que a minha Rita fez.

– Qual o objetivo do Box Market? Bem, eu quero despachar a roupa que já não uso. Porém, acho que só faz sentido uma iniciativa destas se houver mais qualquer coisa. Escolhi ajudar a Operação Nariz Vermelho. Esta Operação tem milhentas provas dadas do seu incrível trabalho, junto das crianças hospitalizadas. No Box Market haverá narizes de palhaço, como símbolo do donativo.

– Quando será o Box Market? Dia 4 de dezembro, domingo, das 11:00 às 16:00. Uma ótima oportunidade para comprarem uns presentinhos de Natal antecipados, verdade?

Eu lá estarei, feliz e contente, à vossa espera. Ainda estou a ultimar pormenores, por isso, há a possibilidade de existirem mais uma ou duas iniciativas durante o dia, tudo em bom, claro está. Conto convosco?