Provavelmente sabes que isto acontece mais vezes do que é suposto, mas ainda não tiveste força suficiente para admitir a ti mesma que nem sempre comes porque tens fome. Verdade? Quantas vezes comes porque te correu mal o dia? Porque te zangaste com o teu namorado? Ou até porque achas que te apetece, ou mereces, só porque sim? Quantas vezes? E comes um iogurte natural ou umas cenouras cruas? Ou um pãozinho com alguma coisa? Não, pois não? Comes doces, batatas fritas de pacote, salgadinhos, esse tipo de lixo alimentar que sabes que não deves comer, porque atrasa os teus objetivos, mas que te sabe tão bem. Sabe bem na altura, que depois toda tu és culpa e remorso e desgosto próprio. Tu comes porque encontras na comida um escape para o que não te corre tão bem, para o que te entristece, aborrece, frusta. Há quem fume. Há quem tome drogas. Há quem vá correr. Há quem discuta com os outros. Tu comes. Se fores contar isto alguém, é bem capaz que se riam na tua cara e que te digam: tu és é uma grande gulosa. Tens de fazer uma bruta duma dieta e perder uns quantos quilos. Fecha a boca, pá! Também já te aconteceu este tipo de conversa, não já? Depois tu morres de vergonha e só vais querer comer mais, só vais engordar mais, só vais ser mais infeliz contigo. Por isso, deixa-me que te diga uma coisa que talvez nunca ninguém te tenha dito: parece que este ciclo de culpa não tem fim, mas tem. Dá muito trabalho, um trabalho diário, mas é possível. E podes achar que eu te vou dar uma grande música quando te disser que o primeiro passo é acreditares que és capaz de tomar conta do teu corpo e das tuas decisões, mas esta é a mais pura das verdades. Assumir que fazes isto e que queres parar é fundamental para inverteres a situação. Depois, um acompanhamento especializado, um plano alimentar que te satisfaça, um desporto que te entusiasme e tudo será diferente. Acredita. Se nunca mais vais ter vontade de comer, mesmo que não tenhas fome? Claro que vais! Mas, aos poucos, vais conseguir controlar-te melhor. Vais perder peso. Vais cuidar e gostar de ti. Como nunca. Quem sabe para sempre. ‘bora, miúda! Tu sabes que não comes porque estás com fome, estás com outra coisa qualquer. Descobre o que é, o que te insatisfaz. Procura conhecer-te melhor. Vai. Vai com fé. Vai com tudo. Encontra o que te faz feliz. Liberta-te. Está tudo nas tuas mãos, mesmo que aches que és um desastre com pernas, não és. És capaz de tudo o que quiseres. Mesmo.
Mês: agosto 2016
OST #22
Quando você me vê,
Eu vejo acender
Outra vez aquela chama.
Então, p’ra quê se esconder?
Você deve saber
O quanto me ama.
Que distância vai guardar nossa saudade?
Que lugar vou te encontrar de novo?
Fazer sinais de fogo,
P’ra você me ver!
#recomeça
Se me pedissem um único conselho para alguém que quisesse perder peso, eu daria este: o mais importante é recomeçar todos os dias. Habitualmente, as perdas de peso são mal sucedidas porque se quebra o plano uma ou duas vezes e se acha que se deitou tudo a perder. Então, acha-se também que se pode recomeçar depois do fim de semana, no dia 1 do próximo mês, depois do Natal ou no primeiro dia do ano novo, logo depois de se enfardar as passas. Estas decisões fraudulentas, que eu tomei tantas, tantas vezes, são só o adiar de uma mudança a sério. O nosso corpo não percebe que estamos à espera de um dia específico do calendário. Muito menos se compadece com isso. Por isso, o mais importante é mesmo recomeçar todos os dias. Mesmo que na semana passada tenha havido três jantares de petiscos. Mesmo que ontem se tenha comido meia caixa de gelado. Mesmo que ainda há pouco se tenha devorado um bolo. Recomeçar é o melhor que se pode fazer. É o mais seguro e o mais acertado. É o que fará com que se perca o peso para sempre. #recomeça
A minha cabeça não pára!
Desde miúda que a minha mãe diz que a minha cabeça é a cidade de Lisboa. A minha mãe conta muitas histórias acerca da minha capacidade de reter informação. Às vezes a minha cabeça cansa-me, mas eu ainda não encontrei maneira de a parar. Talvez a meditação ajudasse. A ideia de esvaziar a mente agrada-me, mas ficar em silêncio, sem me mexer, não dá para mim. Não por muito tempo. Bom, mas há vantagens nisto de ter uma cabeça meia alucinada. Poucas, mas há. De modo que o que posso dizer, neste momento, é que estou com umas ideias que me entusiasmam tanto, que me têm tirado o sono. Dizem que o segredo é a alma do negócio e eu acredito um bocadinho nisso. Assim que puder conto tudo. Para já, quero apenas deixar a vossa cabeça tão inquieta como a minha. Vá, metade da inquietude já é suficiente.
O que me motiva?
Perguntou-me no outro dia uma leitora: o que te motiva, Perna Fina? Eu pensei durante alguns segundos antes de responder. Podia dizer que ter saúde é o mais importante neste processo todo, porque é, efetivamente, mas o que mais motiva é sentir-me uma miúda gira. Gira na medida em que posso vestir o que me apetece, sem me sentir ridícula. Gira com um biquíni, sem achar que tenho a praia toda a olhar para mim, por motivos que são tudo menos simpáticos. Gira, de cabeça arrumada, orgulhosa de mim, do meu esforço de todos os dias e da imagem que apresento. Porque nem sempre me senti assim. Porque nem sempre coube numas calças comuns, de uma qualquer loja de centro comercial. Porque tive muita dificuldade em encontrar umas botas de cano alto que me servissem nas pernas. Porque nunca fui a miúda gira que queria ser e agora sou [ou me sinto]. E podem achar que caí de cara num caldeirão de pouca modéstia, mas não. Isto é só o que agora sinto por mim e não tenho pudor nenhum em assumir. Adoro estar mais saudável, adoro saber-me mais leve para aguentar os treinos que faço todos os dias, gosto mesmo muito disto tudo. Mas perdoem-me os mais indignados quando digo que o que mais me motiva é vestir uns calçõezinhos de ganga, uma blusa branca e uns ténis e poder sentir-me, simplesmente, uma miúda gira.
30 anos
Eu adoro fazer anos. Hoje completo 30. 30 anos! Não sei porquê, mas sinto-me diferente. Como se o início de uma nova década me trouxesse uma nova responsabilidade, mas em bom. Como se agora fosse mais mulher, mais madura, mais certa de mim. Estaria a mentir se não dissesse que estou na melhor fase da minha vida, que me sinto muito forte, a muitos níveis. Há quem diga que os 30 são os novos 20, mas eu não quero que os meus sejam assim. Quero que os 30 sejam os 30, porque serão, pernafinamente falando, muito, muito melhores. Acredito, com alguma força, que a vida também é o que fazemos dela e eu estou muito satisfeita com o que tenho feito com a minha, nos últimos tempos. Por isso, acho que a partir daqui só podem chegar dias melhores. Que não me falte a esperança, a dedicação e o trabalho árduo. Isto acabou de começar.
Hambúrgueres de atum
Ingredientes:
– 1 lata de atum das grandes;
– 150 gr. de flocos de aveia;
– 2 cenouras raladas;
– 2 cebolas pequenas picadas;
– 2 ovos;
– sal, pimenta e salsa a gosto;
– azeite (opcional).
Modo de preparação:
1.° Juntar todos os ingredientes e misturar bem, até obter uma pasta;
2.° Deixar o preparado repousar durante 5 minutos, para que a aveia “absorva” os restantes ingredientes;
3.° Formar pequenas bolas e colocar numa frigideira, com um fio de azeite, espalmando as bolas de modo a formar hambúrgueres.
Dica: Servir os hambúrgueres com uma salada ou com legumes cozidos. Por já ter a aveia não necessita de ser acompanhado por outros hidratos.
Receita adaptada de uma revista da Bimby.
Waffles de espinafres
Ingredientes (para 1 pessoa):
– 2 ovos;
– 3 mãos cheias de folhas de espinafre;
– 1 colher de sopa de flocos de aveia;
– 1 colher de sopa de iogurte grego, sem açúcar;
– sal e pimenta q.b.
Modo de Preparação:
1.° Deitar os ovos para um liquidificador, com o sal e a pimenta e bater a uma velocidade média;
2.° Juntar o iogurte, a aveia e voltar a bater;
3.° Sem parar o liquidificador, juntar os espinafres a pouco e pouco e, depois de estarem todos na mistura, aumentar a velocidade até obter uma mistura homogénea;
4.° Deitar uma pequena porção da massa na máquina de waffles e deixar cozinhar até obter um tom dourado;
5.° Rechear a gosto.
Nota: Se não tiver máquina de waffles, fazer uma espécie de panqueca numa frigideira antiaderente.
OST #22
“Vem, não faz assim. Não maltrate o seu coração, dá ele p’ra mim.”
O teu corpo é esse: aprende a gostar dele assim!
Passas a vida a desdizer o teu corpo. A lamentar a celulite, as estrias, os derrames e as coxas gordas. Sempre que tiras uma fotografia, amplias e diminuis a imagem mais de mil vezes, só à procura dos defeitos que trazes contigo. Que são teus, que fazem parte de ti. Defeitos? Oh, por favor! Chega! Já está na hora de parar com isso. Queres melhorar? Muito bem. Então começa hoje a mudar: come bem, mexe esse rabo, faz umas drenagens, se puderes, e bebe água, miúda, bebe água. Mas, sobretudo, vê se tiras da tua cabeça esses ideais de perfeição que pertencem apenas ao corpo da Gisele Bündchen. Tu és tu. Aceita-te. Melhora-te. Pára de te lamentar. O teu corpo é esse: aprende a gostar dele assim!