De repente, abriram-se uma série de portas para mim, no que à escolha de trapinhos diz respeito. Antigamente a coisa andava entre calças de ganga, camisas e blusas e pouco mais. Agora não, agora é todo um mundo de oportunidades que incluem vestidos, saias, calções, tops e cenas. Haja dinheiro para gastar, que coisinhas lindas a gritar por mim não faltam.
Porém, apesar de toda a oferta, tenho dado por mim com o seguinte pensamento: ora bem, andaste anos em jejum destas roupas todas, é verdade, e agora podes vestir o que bem te apetecer, ou quase tudo, vá, mas não percas o bom senso, ok, não percas o bom senso. Isto porquê? Porque, vai que se dava o caso de eu agora virar a boneca e começar a vestir-me de formas que não lembram ao Diabo? Vai que eu ensandecia e de repente passava a sair à rua com decotes até ao umbigo, calções justos e curtos e cenas assim? Parece-me difícil, mas uma pessoa às vezes faz escolhas pouco refletidas, meias atordoadas, e eu não quero nada disso para mim. Não, não.
Porque a verdade, é que há gente que tem corpos fenomenais e os mostra muito mais do que devia. E não há necessidade disso. Isto para dizer que menos é sempre mais. Se saio com as pernas de fora, o peito vai tapado. Se levo um grande decote, visto calças. Porque às vezes, quanto mais queremos estar bem, mais estragamos. Keep it simple. Keep it simple em qualquer ocasião, que tudo o que é demais, enjoa. Estas meninas percebem do que escrevo. Pelo menos nestas ocasiões perceberam. Mantiveram-se simples, mas não simplistas. Que mimos. Pura inspiração.
Esta Sara Sampaio é tão linda, tão linda, pá.