Mês: julho 2015

Agosto

Agosto chega já amanhã e eu não podia estar mais feliz. Agosto é o mês do meu aniversário, o mês das férias, o mês do enfardanço e o mês do dolce far niente. E é mesmo isso que eu pretendo fazer em agosto: absolutamente nada. Nada que me mace, claro está. Por isso, Pernas Finas mais lindos do mundo e arredores, durante este mês vou re-postar alguns dos greatest hits do blogue, desde o seu início. Em setembro retomo com textos fresquinhos, novidades das boas e objetivos redefinidos.

Bom descanso, Pernas Finas. 🙂

Medo

Eu sou medrosa e sofro muito por antecipação. Talvez seja por isso que levo muito tempo a tomar algumas decisões importantes. Porque não sei o que vai acontecer. Porque não sei se me vou sair bem. Porque acho que não lido bem com o inesperado. Até hoje, sinto que tomei três grandes decisões: mudar de emprego, separar-me e perder peso de forma comprometida. Todas estas decisões foram tomadas com imenso medo, muito medo mesmo, mas também com uma enorme esperança de que o que viria a seguir só podia ser melhor. Fosse o que fosse, seria melhor de certeza. E tem sido. Tem sido maravilhoso. Continuo a ter medos, acho que muitos herdei da minha mãe, outros são meus. Também não ambiciono ultrapassá-los todos de uma vez. Ontem disseram-me: não tenhas medo. E, para já, isto parece ser suficiente para tomar mais meia dúzia de decisões, assim daquelas mesmo importantes. (Quase) sem medo.

A sua menina era ideal!

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Disse, no outro dia, uma senhora à minha mãe, depois de me ter visto e de ter sabido que eu não tinha marido. O candidato, que eu não faço ideia quem é, “é um rapaz muito bom. A mulher deixou-o e ele está muito infeliz, coitado. Tem um bom trabalho, é de um boa família. Só precisa de uma boa rapariga, que o faça ultrapassar o desgosto. A sua menina, tão linda, tão orientada da vida, era ideal.”

A minha mãe, que graças a Deus Nosso Senhor não entra nestes devaneios, disse que não se metia nestes assuntos, que eu é que sabia da minha vida, blá, blá blá. Então a senhora insistiu, dizendo que “eles não precisavam de saber. Fazíamos com que os dois se vissem no café e depois tratávamos das apresentações.” O que seria?

Bom, se mais alguém conhecer um candidato que seja bom moço e que se queira casar com uma Perna Fina com um feitio desgraçado, entre em contacto comigo, para eu poder aferir a situação. Mas apresse-se ou talvez já venha tarde. Há é uma condição: quem me arranjar o noivo, tem de tratar da boda. Assim parecida com a imagem acima. É que, p’lo que parece, os preparativos dão um trabalhão do caraças e assim eu ficava já com tudo orientadinho. Era só mesmo casar! Temos acordo?

Casamentos #1

Um casamento é sempre um bom motivo para me aperaltar. Eu sou adepta do less is more e faço valer-me disso. Vestido e sapatos simples, em tons nude, uns brincos brilhantes, uma mala dourada e fez-se a festa. Ontem foi assim.

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(Obrigada, Robalinho, pela paciência na sessão fotográfica.)

A Joana Loureiro casou!

Existem muitas Joanas na minha vida. A Loureiro casou ontem e eu estou mesmo feliz por ela. Não só porque teve uma cerimónia entusiasmante e comovente, nem apenas porque usou um vestido lindo de morrer, mas porque ela merece mesmo tudo isso. Merece ter aquele noivo, de ar embevecido a olhar para ela assim que entrou na igreja, bem como ter lá os alunos a dizerem que o dia de ontem foi o mais feliz das suas vidas, só por verem a professora a casar. Que dia lindo!

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(Fazemos uma equipa do caraças e eu adoro esta foto!)

Tininha, manda-os dar uma curva!

Não estiveste bem na escolha, mas tu és muito mais que um vestido. Eu gosto de ti à brava: és uma bomba e já mostraste que a tua capacidade de superação vai muito, muito além duma cara bonita. Tininha, manda-os dar uma curva!

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(Pronto, o vestido parece mesmo uma tenda…)

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(…mas tu não deixas de ser uma bomba!)

Pernas Finas e Coisas Boas

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Eu sou muito feliz a escrever para o blogue. Gosto muito dele, muito a sério. Gosto particularmente do nome, porque o acho muito feliz, porque tem a ver com a história da minha família e porque simboliza o meu mau feitio e tudo o que sempre desejei: umas pernas, mais ou menos finas, que não envergonhassem ninguém. Quando eu digo que nunca usei calções, à exceção dos tempos de criança, eu falo mesmo a sério. Eu nunca, mas nunca usei as pernas completamente de fora. Tentei uma ou duas vezes e jurei para nunca mais. Por isso, os meus verões foram sempre uns infernos de calor, tapada até às orelhas. Ora, por apanhar pouco sol nas pernas, elas foram sempre muito brancas, o que me dava ainda menos vontade de as mostrar, fosse onde fosse. Hoje é tudo muito diferente, mesmo. Eu sinto-me lindamente com calções, as minhas pernas andam ao ar, felizes da vida, e até já têm cor. E se me pedissem para convencer alguém a perder de peso, eu falaria da minha tarde de hoje. Um jardim, um sol maravilhoso, um gelado do Santini, uns calções de ganga, umas pernas bronzeadas de fora e mais uma quantidade de coisas boas, que não valem a pena enumerar. Pelo menos para já.

Cabelos

Para a semana tenho um casamento. Já tenho vestido, sapatos, malas e brincos. Falta-me pensar no cabelo. Normalmente, para contrariar a minha natureza, levo o cabelo esticado. Desta vez, queria ir diferente. Tipo assim:

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(Esta última, a Jennifer Lawrence, filha da mãe, é tão, tão linda!)

Oxalá

Estou numa esplanada e não consigo parar de observar um jovem casal. Não devem ter mais de 17 anos. Ele tem ar de jogador de rugby. Ela é linda de morrer. Devem ser o casal-sensação da escola onde andam. Ele come um gelado sem paragens e ela não pára de olhar para ele. Provavelmente, acha-o o rapaz mais espetacular do mundo inteiro. Quando ela fala, olha sempre para baixo. Ele olha a maior parte do tempo para o cone de gelado, que está prestes a acabar, com cara de quem comia outro igual ou maior. O gelado acaba, por isso ele olha mais para ela e faz-lhe festas na perna. Oxalá guardem apenas boas recordações destes tempos e que não acabem a destruir a vida um do outro. Oxalá que quando cada um quiser seguir a sua vida, se assim o desejar, o outro permita essa saída. Sem mágoa. Sem vingança. Sem mesquinhez. Oxalá.

Preocupações

Os meus alunos vivem permanentemente angustiados com o facto de eu não ter marido. Não é um namorado, porque segundo eles eu já estou velha para isso, é um marido, mesmo. Os meus alunos, com quem eu mantenho uma relação de muita cumplicidade, adoram que lhes conte como correm os treinos de CrossFit: quanto peso já consigo levantar, quantos metros corro e por aí fora.

Ora, hoje, na praia, três dos meus alunos, todos rapazes, vieram sentar-se na minha toalha com o seguinte discurso:
– Joana, estivemos a pensar e já sabemos onde é que a Joana vai encontrar um marido.
– Onde?
– No CrossFit. Lá não há montes de homens musculados? A Joana gosta de homens musculados ou não?
– Há alguns, sim…
– Pronto, então nós já sabemos como vai conquistar um marido. Há lá cacifos?
– Não…
– Então temos de pensar noutra solução! Nós tínhamos pensado assim: a Joana escrevia um bilhete a dizer: Olá, sou a tua admiradora secreta e acho-te muito giro e punha dentro do cacifo dele.
– E depois?
– E depois ficava escondida num sítio para o ver tirar o bilhete do cacifo e se ele se risse a Joana dizia quem era.
– E se ele não gostasse de saber que era eu?
– Ia gostar, porque a Joana é mesmo maravilhosa, mas se não há cacifos, vamos pensar noutra solução.

Os meus alunos têm 8 anos e o próximo ano será o último em que estaremos juntos. Acho que me querem deixar orientada antes do fim do ciclo. Meus ricos filhos! Amanhã vão trazer outra estratégia de conquista. Vai que é eficaz?