
Disse, no outro dia, uma senhora à minha mãe, depois de me ter visto e de ter sabido que eu não tinha marido. O candidato, que eu não faço ideia quem é, “é um rapaz muito bom. A mulher deixou-o e ele está muito infeliz, coitado. Tem um bom trabalho, é de um boa família. Só precisa de uma boa rapariga, que o faça ultrapassar o desgosto. A sua menina, tão linda, tão orientada da vida, era ideal.”
A minha mãe, que graças a Deus Nosso Senhor não entra nestes devaneios, disse que não se metia nestes assuntos, que eu é que sabia da minha vida, blá, blá blá. Então a senhora insistiu, dizendo que “eles não precisavam de saber. Fazíamos com que os dois se vissem no café e depois tratávamos das apresentações.” O que seria?
Bom, se mais alguém conhecer um candidato que seja bom moço e que se queira casar com uma Perna Fina com um feitio desgraçado, entre em contacto comigo, para eu poder aferir a situação. Mas apresse-se ou talvez já venha tarde. Há é uma condição: quem me arranjar o noivo, tem de tratar da boda. Assim parecida com a imagem acima. É que, p’lo que parece, os preparativos dão um trabalhão do caraças e assim eu ficava já com tudo orientadinho. Era só mesmo casar! Temos acordo?