Mês: novembro 2014

Coisas que me tiram do sério #2

O tempo anda p’ra lá de mete-nojo e as pessoas continuam a conduzir como se o piso estivesse seco e o sol brilhasse como em pleno mês de agosto (não o agosto deste ano, diga-se).

Hoje um engraçadinho achou por bem ultrapassar-me à campeão. É óbvio que o tipo não sabe que há 2 meses eu tive um acidente brutal e eu até percebo que se ache no direito de investir contra mim e contra o meu carro.

Mesmo assim, eu gritei-lhe alto e em bom som: Eu juro que se me provocas um acidente por seres irresponsável eu saio do carro e arranco-te os dentes um a um. Ele não me ouviu, visto os vidros estarem fechados porque chovia torrencialmente. Então eu gritei outra vez.

Aliviei a alma e segui o meu caminho.

10

O 10 é o meu número favorito. Sempre foi. Foi o meu número de aluna e o número da camisola do Rui Costa, que tantos golos marcou ao serviço do meu Benfica. Foi no dia em que fiz 10 anos que consegui reunir, pela primeira vez, um grupo de amigos numa festa de aniversário (problemas de quem faz anos em agosto).

Hoje, o número 10 ganhou outro significado. Foram 10 os quilos que perdi. 10 quilos perdidos que me fizeram ganhar tanto: saúde, autoestima, preparação física, roupa nova e uma capacidade imensa de me reinventar, de ser cada vez melhor.

Mas há mais. Foram 10 os centímetros perdidos na cintura e outros tantos na anca. 10+4 centímetros perdidos na barriga. 10-2 centímetros perdidos no peito. Ficaram perdidos, Pernas Finas? São (só?!) 42 centímetros a menos.

São muitos os números, mas é fácil a operação: corpo-peso= ser feliz.

Tu, neste momento, não és um 8,5.

E se pudéssemos posicionar homens e mulheres numa escala de 0 a 10? Estaríamos todos de acordo com os critérios escolhidos? O que faz, aos olhos de um homem, uma mulher ser um 10? E um 2 ou um 3? E para as mulheres: que atributos um homem precisa de ter para estar no topo da classificação? Será que uma mulher que vale um 5,5 pode andar com um homem 8 ou 9 ou vice-versa?

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10 boas razões para se ser um/uma Perna Fina

(Sem nenhuma ordem hierárquica.)

1. Há mais opções na hora de comprar roupa.
É todo um mundo novo: blusas justas, vestidos esvoaçantes, calças coladas ao corpo. Haja dinheiro para comprarmos tudo o que queremos.

2. O bem-estar melhora significativamente.
Quando perdemos peso sentimo-nos logo melhor. Parece que a respiração flui de forma mais natural e que o coração acerta o passo.

3. Somos mais ativos, mais dinâmicos.
Os dias começam às 6:00, terminam depois das 22:00 e o corpo acompanha o ritmo.

4. Aprendemos a ter uma relação menos obsessiva com a comida.
Podemos, perfeitamente, ter um prato de batatas fritas à nossa frente. Vamos comer algumas, conscientemente, tendo a certeza que a refeição seguinte será mais leve e o exercício do dia mais intenso.

5. O corpo rejeita, sozinho, comidas menos próprias.
O corpo habitua-se a comer bem. Quando mudamos a nossa alimentação e, sabe-se lá porquê, saímos do plano, o nosso corpo reage automaticamente. No meu caso, a barriga incha e a azia aparece.

6. Andamos mais felizes e de bem com a vida.
Tudo corre melhor ou tudo parece correr melhor. Estamos felizes com o que vamos conquistando e as coisas que antes nos irritavam passam a ser um mal menor.

7. Temos orgulho no nosso corpo e sentimo-nos mais confiantes com a nossa imagem.
Digam o que quiserem. A verdade, é que nos passamos a sentir cada vez melhor na nossa pele.

8. Partimos para atividades físicas sem medo de sermos ridículos.
É para correr? É para saltar? É para bater com o lombo no chão? ‘bora lá!

9. O humor é mais constante.
Quando evitamos alimentos muito açucarados, o nosso humor estabiliza. O açúcar, e o vício que provoca no nosso corpo, faz-nos ter picos de euforia ou de (quase) depressão. O açúcar devia ser ilícito.

10. Os outros vêem-nos como um exemplo e pedem-nos conselhos.
“Achas que posso comer isto?”; “O que é que comes antes do crossfit?”; “Essa tua ginástica faz mesmo efeito?” Quando os outros nos dão crédito, é porque a mudança está mesmo a ter efeito.

Dar uma limpeza à vida

De vez em quando, devemos dar uma limpeza à vida. Tal como limpamos o pó das prateleiras ou mudamos os lençóis da cama. É que, exatamente como acontece com as coisas e os lugares, a nossa vida também se suja. Quando isso acontece, fazemos o disparate de limpar tareco aqui, tareco ali, com um paninho seco. Durante umas horas, ou dias, a vida parece ficar limpa e pronta para desfrutarmos dela.

Porém, quando olhamos com atenção, percebemos que a nossa limpeza foi demasiado superficial. Faltou-nos arredar os sofás, afastar as cómodas, e um pano seco passa a ser insuficiente. É nesse momento que constatamos que a coisa só lá vai com um balde de água bem quente e muita lixívia (a minha mãe sempre disse que nada limpa como a lixívia). Depois de esfregarmos paredes e tetos a fundo, podemos, então, desfrutar.

No entanto, nem sempre estamos dispostos a arregaçar as mangas e a limpar à séria. Por vezes, começar por mudar os móveis de sítio, ou inovar um pouco na decoração, pode ser o motor para a motivação que precisamos. Eu não fiz muitas limpezas à minha vida. Talvez tenha feito duas. Mas empenhei-me tanto nesse par de vezes, que julgo que a minha vida permanecerá bem limpa por muito tempo. Ou, p’lo menos, até que eu a volte a sujar ou deixe que alguém a imunde por mim.

Os meus alunos são os melhores do mundo #1

Ao olhar para uma folha informativa de Estudo do Meio sobre o corpo humano, olhou para mim e perguntou:
– Por que é que a Joana pôs aqui esta imagem de um corpo nu? Incomoda-me ver aqui esta pilinha.
– Mas isso é só uma ilustração. – respondi eu com um ar descomplicado.
– Pois, é que a minha pilinha não é nada assim.
– Então?
(Por que é que eu perguntei isto?)
– A minha pilinha é muito maior!
A conversa terminou aqui porque eu não consegui falar mais. Ri tanto, que até me faltou o ar.

Eu pago as minhas dívidas, ãh?

Hoje cheguei 15 minutos mais cedo. Os três treinadores olharam para mim como quem diz: de hoje não passas (sim, porque eu já tinha ido a duas aulas e fugido ao castigo). Um disse que eu tinha de fazer 40 burpees. Outro disse que eu tinha de fazer 55. O terceiro disse que eu tinha de fazer 45. Obedeci ao terceiro. Obedeci ao chefe da box. (mais…)

Vamos manter a calma, Pernas Finas!

Publiquei este texto no fb há um mês e pouco. Hoje tratei de tudo. As promessas foram feitas para serem cumpridas.

Lá porque ontem eu disse que tinha fotografias minhas com 80 quilos, não significa que as partilhe convosco assim ao desbarato, não. É que eu quase faleço quando mostro aquilo assim a uma ou duas pessoas ao mesmo tempo. O que me aconteceria se mostrasse aquelas fotos a centenas de pessoas duma só vez? Era uma camadona de nervos capaz de me fazer cair o cabelo todo. (mais…)

Coisas que me tiram do sério #1

Se há coisa que me tira do sério é ver homens a exibirem-se, desnecessariamente, só para se mostrarem. Só porque sim. Não porque são espetacularmente bonitos. Não porque são extraordinariamente talentosos. Não porque são estupidamente interessantes. Exibem-se só porque sim.

E é vê-los a fazer flexões à velocidade da luz. Pumba, pumba, pumba, como se não houvesse amanhã. E a saltar à corda, dando saltos duplos, estilo Rocky Balboa. Pinos, abdominais, elevações, papam tudo. O mais ridículo é que se nota que não estão assim tão em forma e, por isso, o exibicionismo deixa-os a arfar que nem camelos no deserto. Pobrezinhos.