Mês: outubro 2014

Queridas Bruxas

Queridas Bruxas,
Parabéns, hoje é o vosso dia. Espero que o estejam a gozar bem. Calculo que se tenham juntado todas, no vosso covil secreto, e tenham passado o dia a rever a lista de pessoas a quem vão querer mal durante o próximo ano. Já reviram as vossas estratégias de ódio dirigido? Tipo: inventar mentiras, falar mal nas costas, envenenar outras pessoas contra aquelas a quem desejam que aconteçam coisas más. Vão ficar-se por aqui ou este ano trazem alguma inovação?

Confesso que já chateia serem sempre tão más. Já enjoa. É que de pessoas, quero dizer, de bruxas como vocês eu nunca espero nada de bom. Estou sempre a ver quando é que me vão dar a próxima estocada. E o pior, suas dissimuladas, é que às vezes ainda me conseguem enganar. Vêm todas queridinhas, muito mansinhas, até parecem rastejar, e eu penso que é desta que largaram de vez a vassoura e se tornaram pessoas comuns. Engano-me sempre.

Bem, queriduchas, deixo-vos à vontade. Se acham que sou uma pessoa em quem devem aplicar as vossas estratégias de ódiozinho de estimação, força nisso. Por lidar convosco há tantos anos, já aprendi que a minha vida vai seguindo o seu curso como deve seguir e que, por muitos acontecimentos menos bons que eu tenha, os ótimos vêm sempre em dobro. Porque eu, ao contrário de vocês, e sem nenhuma modéstia, julgo que me tenho treinado para ser cada vez melhor e por me preocupar apenas com o meu bem-estar e com o bem-estar de quem me quer bem.

Minhas queridas bruxas, não comam demais hoje. Não se estiquem. Tenho reparado que a vossa bunda está cada vez maior. Acho que as pragas que me rogam têm ido todas para os vosso glúteos. Talvez se desejarem que eu me pareça com a Beyoncé ou outra do género…!

Vá, um grande beijinho nessa vossa verruga cerebral,
Perna Fina.

Filha da mãe

Sabem aquelas miúdas das revistas? Aquelas que têm umas pernas perfeitas, um rabo perfeito, uns braços perfeitos e umas mamas perfeitas, sabem? Aquelas que nós achamos que não existem, que são apenas fruto do Photoshop, sabem? Hoje uma dessas miúdas treinou ao meu lado. Como é óbvio, teve sempre os três treinadores à volta dela, a endireitar-lhe os ombros, a melhorar-lhe o agachamento… Já não lhe chegava ser perfeita por si só, como ainda será uma perfeita praticante de crossfit. E eu nem quero saber se a miúda é uma Einstein ou burra que nem uma porta. O que eu sei é que aqueles calções e aquele top/sutiã lhe assentavam que nem uma luva. Filha da mãe.

Mau feitio e uma queijada

Eu tenho mau feitio. Um feitio tão mau, que me faz bufar e revirar os olhos quando alguém ou alguma situação me incomoda. Não acho que este feitio me torne insuportável, não acho, mas, ultimamente, até eu começo a embirrar comigo. (mais…)

Regresso ao passado #2

Estou no meu centro comercial preferido e trago comigo algum dinheiro, que poupei para comprar umas roupinhas para mim. Adoro comprar roupa, sapatos e bijuteria. Faz-me sentir bem, mais bonita. Tenho observado o que se está a usar e já gosto de algumas coisas. Talvez compre umas calças apertadas na canela ou um vestido cintado. Também adoro aquelas botas de cano alto. Ficam giríssimas por cima das calças de ganga. E os casacões de lã? ADORO. (mais…)

Somos todos Pernas Finas

Ando doida com a interatividade que temos mantido, meus Pernas Finas mais queridos. Tenho adorado ler as histórias que me têm enviado e tenho continuado a sentir o Tal crescimento de que vos falava há dias. Posto isto, tive uma ideia: que tal incluir as vossas histórias no blogue? Hã, hã, não é boa ideia? Afinal, todos os que passamos por processos de melhoramento podemos ser Pernas Finas.

O plano é o seguinte: enviam-me a vossa história para o geral@pernafina.pt, eu leio-a com muita atenção e depois publico-a no blogue. Podem também mandar fotografias vossas do antes e do depois, se quiserem. Simples, não é? E porque sou querida, querida, para vos facilitar a vida, pensei nalgumas questões que podem orientar a escrita da vossa história. Podem incluir outras, claro. Aqui vão elas:

1.º O que já fizeram para perder/ganhar peso?
2.º Fizeram-no sozinhos ou com ajuda médica?
3.º Quais foram as mudanças mais significativas?
4.º Como se sentem, agora que estão n’O depois?
5.º Em que medida é que a vossa vida melhorou?

O desafio está lançado e eu espero que se entusiasmem tanto quanto eu. O meu desejo é criar uma comunidade imensa de Pernas Finas felizes, de bem com a vida. Pessoas que se melhoraram, tornando-se uma inspiração para quem procura fazer o mesmo.

Talvez um dia sejamos muitos a dizer, em coro: somos todos Pernas Finas.

All About That Bass

Passei o dia a cantarolar esta música, sem saber o seu nome, e agora apareceu-me nas sugestões do youtube. Coisas. Quem é Perna Fina, e gosta disto, põe o dedo no ar.

Se a Perna Fina não existisse em mim

A minha voz está por um fio.
Estou irritadiça e tudo me incomoda.
É segunda-feira e eu dormi pouco e mal.
Só parei há meia hora e sinto-me absolutamente exausta.
Por tudo isto, e muito mais, apetece-me comer este mundo e o outro.
Se a Perna Fina não existisse em mim, hoje era daqueles dias em que me desgraçava.

Salmão com gengibre e limão

Ingredientes (para 4 pessoas):
– 4 filetes de salmão;
– 1 pedaço de gengibre fresco picado;
– 4 dentes de alho picados;
– Sumo de 1 limão;
– 1 molhinho de coentros frescos;
– sal e pimenta preta a gosto.

Preparação:
1.º Temperar os filetes com o gengibre, o alho, os coentros, o sal e a pimenta;
2.º Juntar o sumo de limão e envolver bem, garantindo que o salmão entra em contacto com todos os temperos;
3.º Deixar marinar durante aproximadamente 30 minutos;
4.º Grelhar até o peixe ficar dourado.

Dica: Este salmão sente-se bem acompanhado por uma boa salada.

Deliciem-se, Perna Finas!

salmao

Ser Perna Fina é ser maior

Quando criei a Perna Fina, o meu objetivo era partilhar com quem me lesse os dramas e as conquistas durante um processo de perda de peso. Partilhava umas receitas, uns textos engraçados e andava feliz da vida, porque sabia que a minha família e os meus amigos mais próximos se divertiam muito a ler o que eu escrevia.

A primeira vez que alguém desconhecido entrou em contacto comigo eu estranhei imenso. Logo no início, uma rapariga partilhou comigo a sua história. Disse-me que considerava os meus textos inspiradores e que, em parte por causa do blogue, estava a tentar incluir na sua vida alguns hábitos mais saudáveis. Eu respondi à leitora da melhor forma que soube e senti-me profundamente feliz por poder inspirar alguém.

Ultimamente, tenho recebido outros contactos. Outras histórias de pessoas que, tal como eu, desejam e precisam mudar a sua vida, o seu corpo e a sua saúde. Ao ler estas histórias percebo que a Perna Fina começa, aos poucos, a ultrapassar o seu objetivo inicial. A Perna Fina já não é só um espaço onde eu partilho o meu dia a dia.

Imaginar que o que escrevo pode ajudar alguém de alguma forma, por muito pequenina que a ajuda seja, enche-me de emoção. Por outro lado, como me dizia a minha mãe no outro dia, esta noção traz-me a responsabilidade de ser cada vez melhor, cada vez mais cumpridora e cada vez mais segura destas opções que tomei.

Talvez a Perna Fina seja a minha tábua de salvação. Um compromisso que vai além de mim própria e que, também por isso, já não me deixa voltar atrás. E ainda bem.

As minhas refeições preferidas do mundo inteiro

Já que hoje é o Dia Mundial da Alimentação, decidi partilhar convosco o top 5 das minhas refeições preferidas do mundo inteiro. Ora atentem:

5.º lugar – bitoque. Um bom bitoque alegra-me a alma. E os melhores comem-se sempre naqueles restaurantes que mais-um-bocadinho-e-eram-tascas.

4.º lugar – hambúrguer no pão com batatas fritas e molho d’alho. Há restaurantes de hambúrgueres a abrir em todo lado e, confesso, sinto-me um pouco perdida na hora de escolher O melhor. Na verdade, um bom hambúrguer vale muito p’las batatas. Se calhar, gosto mesmo é das batatas. Com molho d’alho, muito, por favor.

3.º lugar – sushi. D’alta gama. Não acreditava quando me diziam, mas é mesmo verdade: depois de ter comido sushi do bom, o dos centros comerciais já não me causa arrepios. Por isso, só como de vez em quando. Pouco e bom.

2.º lugar – pataniscas de bacalhau com arroz de feijão. Sou capaz de dar o meu braço direito por umas boas pataniscas. Gosto tanto, tanto, que começo a salivar só de as imaginar. O arroz de feijão tem de ser malandrinho. Dêem-me disto com fartura e vão ver-me feliz.

1.º lugar – alheira com batatas fritas e ovo estrelado. Quando me perguntarem (espero que o façam) qual é a última refeição que quero comer antes de morrer, eu vou responder sem hesitar: ALHEIRA! Não consigo explicar o prazer que me dá comer uma alheira com ovo estrelado e batatas fritas. Não sei é há quanto tempo não me passa uma coisinha dessas p’lo estreito. (A babar.)

Não posso terminar este post sem dizer que muitos bons e fiéis pratos foram deixados fora da lista. Eu não sou pessoa para dizer que não a um arroz de marisco, nem a uma bela piza. Muito menos sou capaz de negar uma alta posta de bacalhau à narcisa. Mas achei que um top 10 era exagerado. Ia dar-vos a ideia perfeita de como cheguei aos (quase) 80 quilos e eu não queria isso. Não.