No dia em que fiz 25 anos estreei um vestido azul e depois desse dia guardei-o no roupeiro até hoje. Guardei-o sem voltar a vesti-lo porque deixou de me servir. Tentei enfiá-lo uma ou duas vezes, em diferentes ocasiões, mas nunca mais lhe consegui apertar o fecho. Ao longo destes quase 3 anos, quando me sentia mais desanimada com a minha imagem, revia as fotografias desse dia e desejava voltar a ter aquele aspeto e vestir o meu vestido azul.

Hoje, dia 25 de abril, olhei para o vestido pendurado no armário e num ataque doido de esperança e liberdade de espírito, peguei-lhe e vesti-o. E ele serviu-me na perfeição. Na perfeição. Ser livre é ter a oportunidade de fazer escolhas. E a escolha de perder peso dá-me a possibilidade de fazer outras inúmeras escolhas. Hoje fui livre, senti-me livre, e o dia não podia ser o mais indicado. Não que o facto de me sentir livre por vestir um vestido que não me servia há muito tempo seja comparável à liberdade de uma nação. Mas eu acredito que, por vezes, a liberdade mais difícil de conquistar mora dentro de nós.

ju

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