Mês: fevereiro 2014

Uma Perna Fina Princesa?

Não conheço a Catarina Beato pessoalmente, mas sinto que a conheço de alguma maneira. Conheço-a porque leio o seu incrível blogue diariamente – dias de uma princesa – e também porque me identifico com a forma como fala da comida: com paixão, com ternura, com carinho. Gostar de comer é uma coisa. Comer para compensar é outra completamente diferente. As palavras da Catarina podiam muito bem ser as minhas.

Emagreceu 15 quilos e está uma mulher ainda mais bonita. Estabeleceu uma nova relação com a comida, que eu desejo também para mim, e lançou um livro a falar desta sua nova vida. Sinto-me ansiosa por ler o livro. A Dieta das Princesas promete nada mais do que nos ajudar a ser felizes. E o que podemos pedir mais? Vou oferecer o livro a mim própria. Vai que me torno um Princesa (com) Perna Fina?

Desafio dos 28 dias: 12.º dia

Não falhei nenhum treino nos últimos 4 dias. Não correr a subida está agora fora de questão: tenho-a subido a correr sempre. Há metros que doem mais do que outros e ontem o treino custou-me horrores (talvez tenha sido o peso da segunda-feira). Achei que as minhas pernas iam rebentar, mas não. As minhas meninas têm-se aguentado de forma brilhante. (Ah, ricas pernas, que sempre vos desvalorizei.)

Hoje a corrida terminou à porta do ginásio. À minha espera estava uma maravilhosa aula de Sh’Bam, que fiz com uma resistência surpreendente. Ainda não me tinha refeito da corrida e já estava a dançar. PROUD! A aula terminou, fiz mais uma caminhada até casa e preparei um maravilhoso jantar. Esta vida de Perna Fina não pára de me surpreender.

A próxima vez que conhecer uma pessoa e ela me perguntar o que faço, vou responder: Eu corro. É, eu corro. Como se a corrida me definisse, fizesse parte de mim, porque (já) faz.

Amanhã há mais e nos próximos 15 dias também.

Desafio dos 28 dias: 9.º dia

Bem, se hoje é dia 15 e eu vou no 9.º treino, significa que não tenho corrido todos os dias. Vá, podem parar de me crucificar, que eu já me sinto mal o suficiente.

A verdade, é que sempre que vou correr vou a sério… E hoje, ao 9.º dia de desafio cumprido, eu consegui CORRER A SUBIDA TODA! É, meus caros, eu fui absolutamente capaz de vencer aquela subida em apenas 9 dias. Não consigo descrever-vos o que senti, mas posso dizer-vos que me senti invencível e que as palavras faziam um tornado na minha cabeça: Tenho de contar isto a todos os meus Pernas Finas.

Agora, como digo muitas vezes aos miúdos, a vida não é mel. Depois de correr a subida e ter lançado “os fogos”, como diria a D. Dolores (ahaha, não aguento), achei que ia morrer. Precisei mesmo de caminhar nos metros que se seguiram. O meu coração viu-se grego para não me saltar p’la boca. Recuperei e voltei a correr. Corri, corri e corri ainda um pouco mais.

Como já atingi um dos objetivos deste desafio estabeleci outro: quero subir a subida (desculpem o pleonasmo) em passo de corrida e quero ser capaz de continuar a correr depois disso.

Pernas Finas, a única forma de vos transmitir tal felicidade é pedir-vos, se puderem, claro, para fazerem o mesmo. Aos que já o fazem: bravo, companheiros!

Para os meus alunos o amor é…

Pedi aos meus alunos que escrevessem o que é para eles o amor. Partilho convosco o que me escreveram.

Para mim o amor é…
Quando um bebé nasce e a mãe sorri por ver o bebé fora da barriga.
Ser amigo dos outros e ser bom.
Quando uma pessoa gosta de outra.
Gostar da Joana.
Quando os meus pais me dão um abraço muito grande.
Eu gostar muito do meu pai e da minha mãe.
Felicidade, brincar e a minha professora Joana.
Gostar dos pais.
Uma mãe e um pai darem muito carinho aos filhos.
Paixão.
Várias coisas: sentirmo-nos bem e gostarmos duma pessoa.
Ser bom amigo e ser bom para os outros.
O amor não é nada.
Ser bonzinho para toda a gente.
Gostar de alguém.
Eu não sei o que é o amor.
Adorar uma pessoa.
Duas pessoas ou mais gostarem umas das outras e sentirem-se próximas.
Eu não sei explicar o amor.
(e por último, mas não menos importante)
Pagar jantares, dar carinho, beijinhos, amor e ser uma pessoa que sabe pedir em casamento.

Desafio dos 28 dias: 8.º dia

Hoje choveu sem parar durante toda a corrida e aos primeiros 5 minutos eu já estava completamente encharcada. As pessoas por quem passava na rua, que “corriam” para fugir à chuva, olhavam-me, mostrando dois julgamentos diferentes: 1.º “Olha-me esta maluca, toda encharcada, a correr à chuva. Não deve jogar com o baralho todo!” e 2.º “Wow, esta tipa deve ser uma corredora à séria. Nem o mau tempo a impede de treinar!”

Quero acreditar que houve mais olhares do 2.º tipo. Pessoalmente, foi uma enorme conquista! Há anos que arranjo desculpas para não me mexer: Está frio; Está a chover; Está imenso calor; O dia foi duro; Estou cansada.

E hoje, podia ter arranjado mil e uma desculpas: o treino à chuva ia ser difícil, eu sentia-me cansada do dia de trabalho… Em vez disso, escolhi pôr pernas a caminho e, apesar da molha, senti-me lindamente. Não posso negar que houve momentos em que desejei ardentemente que aquilo chegasse ao fim. E chegou, quando teve de chegar, no final do treino e com o dever cumprido.

Ah, hoje foi o segundo dia consecutivo que corri 3/4 da subida. Falta-me pouquíssimo para a conseguir correr completamente. Vale tanto a pena. Vale sempre a pena.

Idas ao médico

Detesto ir ao médico, detesto! Não gosto que me façam certas perguntas, não gosto de medir a tensão, não gosto de me pesar. Quando vou ao médico, seja ele de que especialidade for, fico sempre com as mãos a suar. Tenho sempre um medo miudinho que através de uma simples observação me descubram uma maleita qualquer. Sou uma maricas. Hoje, aconteceram-me estas coisas todas.

O médico era amoroso e fez-me perguntas muito simples de responder: Vê bem? Ouve bem? Sente alguma dor? Pacífico. Mediu-me a tensão, perguntou-me qual a minha altura e depois…? E depois perguntou o meu peso: “Vá, ponha-se aqui em cima da balança!” (O que ele não sabia, e eu também não lhe disse, é que estou num processo de reaproximação entre a minha pessoa e a balança.) Quando dei por mim estava no fim de um dia de trabalho, vestida e calçada em cima de uma balança. Antes que conseguisse olhar para o número que aquele objeto maléfico marcava, o médico disse-o em voz alta!? Aquele número ecoou durante milésimos de segundo na minha cabeça: “É assim tão mau? Pensa, Joana, pensa!” E não, não foi assim tão mau… Não foi o meu melhor, mas também não foi, nem por sombras, o meu pior. Uff.

A consulta terminou com o médico a afirmar que está tudo bem comigo, desejando-me imensas felicidades. Ao contrário de mim, ele não ligou minimamente ao número da balança. Afinal, não passa de um dado médico como outro qualquer… Mesmo que meio mundo nos queira fazer acreditar que é esse dado (in)significante que nos torna mais ou menos competentes, mais ou menos espertos, mais ou menos bonitos, mais ou menos amáveis… Não é.

Desafio dos 28 dias: (pequena) interrupção

Este fim de semana o desafio ficou suspenso. Para além de achar que o meu corpo estava mesmo a precisar de descansar, houve alguns acontecimentos que me impediram de cumprir a corrida (e não, não são desculpas).

Hoje tive uma consulta médica ao final do dia, marcada para as 16:45. Só me despachei deste compromisso quase às 20 horas e, confesso, senti-me sem forças para pôr pernas a caminho. Por isso, estou com 3 treinos em falta: o 7.º, o 8.º e o 9.º Amanhã, espero eu, recomeço em força e no fim de semana vou tentar dobrar os treinos e compensar os dias em atraso (para acertar o melhor possível com o calendário).

Desafio dos 28 dias: 5.º dia

O que eu estou a fazer p’lo meu corpo é extraordinário! Hoje o desafio correu melhor que nunca. E não posso dizer mais nada antes de referir que hoje corri meia subida. Vou repetir: MEIA subida. O bicho papão que há menos de uma semana me matava, hoje foi praticamente insignificante. Perdoem-me a modéstia, eu fui espetacular.

Para além da conquista da meia subida, hoje descobri o prazer de correr à chuva. Às vezes vemos nos filmes cenas de gente feliz à chuva e achamos: “Tretas, devem estar cheiinhos de frio!” Mas hoje eu senti uma felicidade gigante. Indescritível.

Não sei o que andei a fazer (ou a não fazer) estes anos todos. A desperdiçar tempo, com certeza. A oportunidade de ser saudável e delgada esteve sempre ao meu alcance. Está, na verdade, ao alcance de qualquer um que queira muito.

Amanhã há mais e nos próximos 22 dias também.

Desafio dos 28 dias: 4.º dia

(Antes de apresentar o 4.º dia, devo dizer-vos que no dia do 3.º treino apaguei, sem querer, o texto que escrevi. Ontem estive doente e não consegui reescrevê-lo. De qualquer forma, deixo-vos a descrição do 4.º dia, valendo p’los dois.)

Ontem não consegui cumprir o treino do 4.º dia. Uma virose brutal, ou talvez uma cebola que me caiu mal, deu-me uma volta à tripa e o meu final de dia foi passado a gritar p’lo “Gregório”. Por isso, hoje passei o dia a sentir-me fraquinha, com as pernas bambas. De qualquer forma, cheguei a casa, equipei-me, alonguei e saí para correr.

Nada de novo no percurso. O tempo é que mudou: o caminho que no 3.º dia fiz em 40 minutos, hoje fiz em 35. Falamos só de 5 minutos de diferença, que demonstram, de alguma forma que estou a correr mais rapidamente. Apesar disso, não acho que tenha sido muito mais veloz. Acho, sim, que já apanhei o meu ritmo, que não sendo muito acelerado, é constante e não me puxa para trás.

Neste 4.º dia senti, também, que a minha resistência está a aumentar a olhos vistos: fui capaz de recuperar do esforço muito mais depressa. Acho que estou a começar a gostar disto! Ai, se lhe apanho o gosto.

Amanhã há mais e nos próximo 23 dias também.